A tenista russa Maria Sharapova foi suspensa por dois anos por ser flagrada em um exame antidoping. A decisão foi anunciada nesta terça-feira pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês). A punição é retroativa a 26 de janeiro de 2016 e vale, portanto, até janeiro de 2018. Com isso, Sharapova não poderá participar da Olimpíada de 2016, no Rio — a tenista havia sido convocada para integrar a equipe russa.
Aos 29 anos, Sharapova foi suspensa preventivamente em março pelo uso de meldonium, substância presente em remédio para cardíacos e que desde o começo deste ano consta na lista das proibidas pela Agência Mundial Antidoping, a Wada. A tenista russa testou positivo em janeiro, em exame feito durante o Aberto da Austrália. Como parte da punição, Sharapova perde os pontos no ranking mundial que havia conquistado por ter chegado às quartas de final daquela competição, assim como o prêmio em dinheiro.
A tenista alega que faz uso continuado do meldonium, desde 2006, por necessidade de saúde. Ela justifica a utilização do remédio devido a uma deficiência de magnésio no corpo e a um histórico familiar de diabetes.
O meldonium ajuda a aumentar o sangue no organismo, e por isso é usado no tratamento de isquemia e de problemas do coração. No caso de atletas saudáveis, melhora o desempenho porque amplia a oxigenação dos músculos.
Em abril, a Wada deu esperanças a Sharapova ao conceder anistia provisória a atletas que tiveram até 1 micrograma de meldonium detectado em exames realizados até o dia 1º de março.
A decisão foi tomada, segundo a entidade, porque não era possível determinar quanto tempo leva para a substância deixar a corrente sanguínea. No caso de Sharapova, contudo, havia um agravante: a tenista declarou fazer uso de meldonium há pelo menos uma década e não saber que a substância havia entrado na lista proibida da Wada.