Foz do Iguaçu – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, não é mais membro do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Oito meses após ser nomeado pelo cargo ele foi afastado pela presidente Dilma Rousseff, que nomeou em seu lugar outro ministro, o atual chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que assumiu o papel de principal articulador político do governo durante a recente reforma do primeiro escalão.
O referido conselho é um espaço muito disputado por partidos aliados e agentes governamentais e usado como uma espécie de complemento salarial. Quem ingressa nele recebe um salário de R$ 23,8 mil para participar, via de regra, de seis reuniões por ano. Dele fez parte recentemente o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba.
Brasil e Paraguai têm seis representantes cada no conselho. Wagner vai representar o País ao lado do ex-governador gaúcho Alceu Collares, do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, de Giles Azevedo (assessor de Dilma), Maurício Requião, irmão do senador Roberto Requião, e do presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes.
Momento ruim
A nomeação de Jaques Wagner, no entanto, não ocorreu em um momento apropriado. É que o ministro-chefe da Casa Civil está no centro das atenções da Operação Lava-Jato depois que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró revelou à Procuradoria-Geral da República que a campanha dele ao governo da Bahia, em 2006, foi parcialmente financiada com recursos desviados dos cofres da Petrobras.
