Cotidiano

Adapar faz alerta sobre ferrugem asiática

No Paraná o volume total de fungicidas utilizado para o controle da ferrugem da soja nas safras 2014/15 e 2015/16 foi de aproximadamente 6,4 milhões de litros

Cascavel – A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) alerta que o combate à ferrugem asiática, que ataca as lavouras da soja, requer muita atenção por parte do produtor e dos profissionais da agronomia. A doença pode dizimar a cultura da soja no Paraná e no Brasil em pouco tempo se os produtores não adotarem boas práticas de produção e fungicidas eficientes, que controlem os fungos causadores da doença, disse o diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg.

Isso porque, segundo ele, os fungos estão cada vez mais resistentes aos princípios ativos dos agrotóxicos que vêm sendo usados repetidas vezes ao longo dos anos. Em maio do ano passado houve uma tentativa de suspender a autorização para uso das marcas comerciais de fungicidas que foram reprovadas após resultados de ensaios para avaliação da eficiência no controle da doença, conduzidos pela Embrapa. 

Com base nessa conclusão técnica, a Adapar suspendeu a autorização de uso de 67 fungicidas no mercado paranaense devido à existência de outras tantas marcas de fungicidas registradas e cadastradas no estado, com eficiência adequada para o controle da doença. Houve reação por parte das empresas fabricantes, que recorreram ao Judiciário alegando a falta de competência para os órgãos estaduais fazerem essa intervenção. A ação foi impetrada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal. O sindicato entrou com mandado de segurança coletivo, concedido em caráter liminar, pelo Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. 
Reavaliação

Segundo a Adapar, no Paraná o volume total de fungicidas utilizado para o controle da ferrugem da soja nas safras 2014/15 e 2015/16 foi de aproximadamente 6,4 milhões de litros. Desses, 2,2 milhões de litros (34%) são de marcas comerciais suspensas pela Adapar. A suspensão do Mapa retira do mercado um volume de apenas 197 mil litros, que corresponde a 9% dos agrotóxicos de baixo controle da doença.