Dengue em 2025: casos e óbitos caíram drasticamente. Entenda os fatores por trás dessa significativa melhora - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Dengue em 2025: casos e óbitos caíram drasticamente. Entenda os fatores por trás dessa significativa melhora - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Paraná - A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou uma queda de 85% nos casos confirmados de dengue em 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. O número de óbitos também caiu 81%, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado nesta terça-feira (28). Entre janeiro e outubro de 2025, o Paraná registrou 90.717 casos de dengue, contra 616.963 no mesmo período de 2024. Os números deste ano são os menores desde 2021, quando houve 27.142 casos.

O número de óbitos caiu de 733 em 2024 para 139 neste ano. Apesar da redução, o número ainda é superior ao registrado em 2021 (28 óbitos) e 2022 (112 óbitos), mas abaixo de 2020 (193) e 2023 (129). A queda é consistente desde o início do ano, com redução de 85,7% nos casos de janeiro a julho em relação ao ano anterior.

A redução é um reflexo do trabalho conjunto da Sesa com os municípios na conscientização da população e no controle da doença. “Essa queda é um resultado das ações de prevenção e controle realizadas ao longo do ano”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos e 6 mil mortes, com o Paraná contabilizando 653 mil casos.

Regiões mais afetadas

O boletim de 2025 aponta que as regionais de saúde do Norte e Noroeste do Paraná concentram mais de 50% dos casos e 64% das mortes no estado. A 17ª Regional de Saúde de Londrina, com 21 cidades, lidera com 22.385 casos e 43 mortes. Em segundo lugar está a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (12.856 casos e 14 mortes), seguida pela 15ª Regional de Maringá (11.161 casos e 32 mortes).

Ações de controle

Mesmo com a queda, a Sesa mantém o alerta e a continuidade das ações de prevenção e controle da dengue, que incluem a remoção de criadouros, monitoramento da infestação e mutirões em áreas de risco. A capacitação das equipes de controle vetorial em todos os 399 municípios também é uma prioridade, com base nas novas diretrizes do Ministério da Saúde para prevenção de arboviroses.

Além disso, o Paraná implementou armadilhas ovitrampas para monitoramento do Aedes aegypti, método que já está presente em 170 municípios. O estado também inaugurou a maior biofábrica do mundo de mosquitos com a bactéria Wolbachia em Curitiba, uma estratégia para o controle biológico do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Fonte: AEN