Cascavel e Paraná - O G8, grupo que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo de Cascavel, divulgou uma nota oficial nesta semana manifestando apoio à atualização da tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas, mas repudiando qualquer proposta do governo federal que envolva a criação ou o aumento de tributos sobre empresas para compensar a medida.
“Não se pode corrigir uma distorção penalizando justamente quem produz e movimenta a economia”, afirma o documento, assinado por sete entidades: Acic, Amic, Sindilojas, Sinduscon Paraná-Oeste, Sociedade Rural do Oeste, Subseção da OAB e Sindicato Rural de Cascavel.
As entidades destacam que o Brasil já figura entre os países com maior carga tributária do mundo e que as empresas convivem com um sistema burocrático e complexo, que desestimula investimentos e compromete a competitividade. Para o grupo, criar novos tributos ou elevar alíquotas agravaria ainda mais o cenário, reduzindo a capacidade de crescimento e aumentando o risco de retração econômica.
Impacto da Carga Tributária
O comunicado enfatiza que, nas pequenas e médias empresas, o lucro é o principal motor do capital de giro — usado para pagar salários, manter operações e financiar investimentos. Segundo o G8, tributar esse resultado equivale a retirar o oxigênio de quem sustenta a economia real. “São recursos reinvestidos continuamente no próprio negócio, muitas vezes substituindo o crédito bancário, que é caro e de difícil acesso”, ressalta a nota.
O grupo alerta ainda que medidas desse tipo poderiam inviabilizar milhares de empreendimentos e reduzir postos de trabalho, lembrando que as pequenas e médias empresas respondem por mais de 65% dos empregos formais no país.
O G8 defende que o equilíbrio fiscal do Brasil deve ser buscado por meio de eficiência administrativa, planejamento responsável e controle de gastos públicos — e não pelo aumento da carga tributária. “O verdadeiro caminho para o equilíbrio fiscal está na boa gestão dos recursos e no combate ao desperdício”, afirmam as entidades, reforçando que o país precisa de reformas estruturais que promovam confiança, competitividade e prosperidade.
Alerta
Segundo o grupo, insistir em ampliar os impostos sobre o setor produtivo desestimula o empreendedorismo, compromete a geração de empregos e mina a confiança de quem investe no país. O resultado, alertam, é um ambiente econômico instável e com perda de competitividade para outras economias mais previsíveis e atrativas.
“O futuro do Brasil exige equilíbrio, responsabilidade e visão de longo prazo. O aumento de impostos não é o caminho”, conclui o documento, reiterando a defesa de uma política tributária moderna, simplificada e justa, que estimule quem produz e gera desenvolvimento.