O Mentor que Escolheu Iluminar Vidas
Liderar é ter coragem de sair da luz dos holofotes e acender a tocha na escuridão onde ninguém quer ir. É sobre enxergar o talento escondido onde o sistema só vê erro. Barnabé é o arquétipo do mentor silencioso que transforma destinos. Sem ele, Paulo poderia nunca ter se tornado o apóstolo dos gentios. Sem ele, Marcos talvez não tivesse voltado após sua desistência. Mas Barnabé não liderava por vaidade. Ele liderava por amor.
Seu nome real era José, mas os apóstolos o chamavam de Barnabé — “Filho da Consolação” (Atos 4.36). Um nome que não veio por acaso. Barnabé vendeu suas terras e colocou tudo aos pés dos apóstolos. Mas seu maior presente foi sua disposição em investir em pessoas que todos haviam rejeitado.
Quando Paulo, recém-convertido, tentou se aproximar da igreja, ninguém confiou nele. Afinal, ele era um ex-perseguidor. Mas Barnabé arriscou sua reputação e levou Paulo aos apóstolos, dizendo: “Ele é verdadeiro. ” Quando ninguém mais via, Barnabé via. Quando ninguém acreditava, ele acreditava. E isso define um líder de verdade.
Mais tarde, em uma nova missão, o jovem João Marcos desiste. Paulo, focado em resultado, não quer mais levá-lo. Mas Barnabé escolhe o caminho mais difícil: vai com Marcos e desaparece da narrativa bíblica. Abre mão da visibilidade para resgatar alguém que falhou. Isso é liderança de servo.
Anos depois, Paulo reconhece: “Traz Marcos contigo, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11). O investimento deu fruto. O líder que aposta em gente, não apenas em desempenho, deixa um legado eterno.
Quantos profissionais “cancelados” você conhece? Quantos desistentes poderiam se tornar campeões se alguém os olhasse com compaixão e propósito? Barnabé nos ensina que ser líder não é dominar — é restaurar.
Mentorear é mais que ensinar. É segurar a mão do outro quando ele está tropeçando. É dar nome, caminho, visão, escuta. E isso é raro. Em tempos de líderes que falam muito e ouvem pouco, Barnabé ainda sussurra: “Lidere com encorajamento.”
Nos bastidores da história, Barnabé acendeu os faróis de Paulo e de Marcos. E essa é a grandeza dos líderes que servem: não brilham sozinhos — fazem outros brilharem. Seu nome não está em um evangelho, mas sem ele, o Evangelho não teria sido tão longe.
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