LOS ANGELES – A empresa de gerenciamento de hotéis do presidente americano Donald Trump tem plano de expandir sua rede pelos Estados Unidos, enquanto freia investimentos no exterior, afirmou o diretor executivo da companhia.
? Há 26 grandes regiões metropolitanas nos Estados Unidos, e estamos em cinco ? afirmou Eric Danziger, CEO da Trump Hotels em evento do setor hoteleiro em Los Angeles. ? Não vejo razão alguma para não podermos estar em todas elas eventualmente.
Construir hotéis Trump em 26 cidades triplicaria o número total atualmente. A empresa administra oito filiais da marca nos Estados Unidos, algumas sob responsabilidade da família Trump. Danziger, que entrou na Trump Hotels em agosto de 2015, afirmou que a rede considera inaugurar propriedades de luxo em Dallas, Seattle, Denver e São Francisco.
As novas unidades seriam lançadas apenas em grandes cidades, enquanto os hotéis da nova marca empresa, a Scion, também seriam localizados em cidades secundárias e terciárias, afirmou Danziger. O primeiro hotel Scion será aberto este ano, contou, sem especificar o lugar.
? As duas marcas e qualquer outra que criarmos terão ênfase doméstica nos próximos quatro ou oito anos ? declarou o CEO.
PROPRIEDADE DE WASHINGTON
O negócio hoteleiro de Trump consiste principalmente em contratos de gerenciamento e branding. Seu hotel em Washington tornou-se o foco de uma controvérsia, pois há a preocupação de que o patrocínio de governos estrangeiros poderia violar a proibição constitucional de lucro, e porque nenhuma autoridade eleita é permitida de lucrar com o arrendamento do edifício, que é alugado do governo federal. Parlamentares democratas pediram que Trump vendesse seu negócio para evitar conflitos de interesse, mas ele se recusou a fazê-lo.
Além do hotel em Washington, há duas propriedades em Nova York, uma em Chicago, uma em Las Vezes e o resorte de golfe Trump National Doral em Miami. Um novo hotel de luxo em Vancouver está prestes a ser inaugurado no próximo mês.
Trump passou a gerência de sua empresa, a Trump Organization, a seus dois filhos mais velhos e prometeu não fazer nenhum acordo estrangeiro durante seu mandato. A Trump Organization afirmou que via contratar um advogado em um Washington e um executivo veterno nos negócios de Trump para ajudar a garantir a separação entre a Casa Branca e o negócio familiar, segundo fontes da Bloomberg.
Pouco antes da eleição americana em 8 de novembro, Danziger disse à imprensa em Hong Kong que a companhia, como parte de uma expansão internacional, tinha planos para atuar na China ? país que Trump tem criticado repetidamente quanto a acordos comerciais e perda de empregos americanos.