Cascavel - O FC Cascavel voltou de Curitiba com um empate, sem gols, com o Paraná Clube que o manteve na zona de classificação. No entanto, o resultado ficou em segundo plano depois da confirmação de que o time da capital realizou seis alterações durante o jogo.
O fato foi relatado na súmula pelo árbitro André Ricardo Martins, o que deve colocar em ação a Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva para analisar o caso.
O FC Cascavel deve atuar no caso como terceiro interessado.
“Como o caso está relatado na súmula pelo árbitro a Federação deve entrar com processo no TJD. O FC Cascavel vai entrar como terceiro interessado e buscar nosso direito”, afirmou o CEO do Clube Renato Bueno.
Se o jogo for remarcado, o Paraná Clube deverá arcar com todas as despesas do FC Cascavel.
Possibilidades
De acordo com juristas desportivos consultados pela reportagem, o mais provável é que o jogo seja anulado e remarcado, por erro de direito. Neste caso, o FC Cascavel corre o risco de ficar sem o ponto conquistado na quarta-feira, já que tem a possibilidade de perder o novo jogo. Além disso, pode “ressuscitar” um time que está na zona de rebaixamento. A questão é, será que vale entrar com a ação e correr este risco?
A jurisprudência existente no futebol brasileiro não trata de perda de ponto ao infrator ou reversão de resultado.
Um caso semelhante ocorreu na terceira divisão do Campeonato Paulista, em que o Catanduva fez seis alterações e ganhou a partida contra o Grêmio Prudente. Porém, a Justiça Desportiva anulou e remarcou a partida.
Punição
Ontem, a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol comunicou o afastamento, por tempo indeterminado, de toda a equipe de arbitragem da partida. Além do árbitro, André Ricardo Martins, foram afastados os assistentes Leandro Glugoski e Lucas Gowatiski, o quarto árbitro Matheus Scaviski e o delegado Vinicius Gregório.