A categoria dos trabalhadores do transporte público de Cascavel está em estado de alerta após uma reunião realizada na madrugada desta quinta-feira (5). O motivo da mobilização é uma cláusula considerada prejudicial e inconstitucional, presente no edital da nova concessão do transporte público da cidade.
A cláusula em questão permite que o poder concedente, ou seja, a empresa que vencer a licitação, exija a dispensa de qualquer funcionário, sem justificativa e sem arcar com qualquer responsabilidade legal. Essa possibilidade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Cascavel, coloca em risco a estabilidade dos empregos e fere direitos trabalhistas.
Nelson Mendes de Borba, presidente do sindicato, afirmou que a entidade já solicitou a retirada da cláusula à Transitar, empresa atualmente responsável pelo transporte público em Cascavel. No entanto, a empresa manteve sua posição, informando que a cláusula permanecerá inalterada no edital da licitação.
Diante da negativa da empresa, o sindicato convocou uma assembleia para decidir sobre uma possível paralisação dos serviços a partir de segunda-feira. Segundo Borba, a adesão à paralisação é de 100%, e a categoria só voltará a trabalhar após a retirada da cláusula considerada prejudicial.
A mobilização dos trabalhadores já causou atrasos no transporte público na manhã desta quinta-feira, e a expectativa é de que a situação se agrave caso não haja uma solução para o impasse.
Fonte: SOT