BRASÍLIA – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira o pedido do governo de isentar os feijões preto e carioquinha do Imposto de Importação. Dessa forma, espera-se que as redes de varejo busquem o produto fora do país e o preço caia para o consumidor. A suspensão das taxas vai vigorar por 90 dias e vale para compras em todos os países.
Ontem, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, já havia anunciado que encaminharia à Camex um pedido para incluir o feijão na lista de exceções que permite a isenção do Imposto de Importação. A tarifa cobrada sobre a compra da leguminosa no exterior é, usualmente, de 10%. O objetivo do governo é estimular a importação de países do Mercosul, onde o comércio já é livre, e abrir possibilidades para fora do grupo econômico. A ideia é que os supermercados possam recorrer diretamente ao México e à China.
Neste último caso, há o agravante de que o produto demoraria até 60 dias para chegar ao país. Por isso, o objetivo é que os supermercados tentem importar primeiramente de países vizinhos. Maggi disse que, como não é o governo quem compra os produtos e sim as redes de varejo, não é possível estimar em quanto tempo os preços começarão a cair.
O feijão carioca acumulava uma alta, neste ano, de 33,5% até maio. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, já mostrava que houve um novo aumento de 16,38% na virada do mês de maio para junho. O feijão preto teve alta de 18% no ano.