RIO – A fim de minimizar os efeitos da crise financeira que afeta os servidores estaduais, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Ronaldo Jorge Brito de Alcântara, criou diretrizes para reduzir o número de deslocamentos dos militares entre suas residências e quartéis em que trabalham.
Entre as decisões, o comandante vedou as convocações extraordinárias dos bombeiros para quaisquer atividades que não tenham caráter emergencial, como treinamentos, formaturas, reuniões e instruções. Também foi suspenso o programa Anual de Instrução Técnico-Profissional executado pelos órgãos de ensino e as operações simuladas. Os comandantes, chefes e diretores poderão disponibilizar viaturas para o transporte dos militares sob sua subordinação, com o intuito de auxiliar no deslocamento dos mesmos entre sua residência e o local de trabalho.
Outra mudança tem relação com a escala de trabalho dos militares. Está autorizada a implementação da escala de 48h por 144h (trabalha dois dias e folga seis) para os bombeiros que possuam escala de 24h por 72h (aqueles que trabalham um dia e folgam três).
Nesta quinta-feira, centenas de bombeiros fizeram uma manifestação no Centro do Rio. A principal reclamação é o atraso no pagamento dos salários. Alguns militares relataram ao GLOBO que, por falta do dinheiro de passagem, não estão se apresentando no quartel onde é lotado, mas na unidade mais próxima de casa.