Cotidiano

Polícia Federal transfere Lúcio Funaro para Brasília

SÃO PAULO – Após adiar a transferência do corretor Lúcio Funaro por dificuldades burocráticas para comprar as passagens do delegado e dos agentes que fariam a custódia de Funaro, a Polícia Federal transferiu Funaro nesta segunda-feira para Brasília. O corretor, preso na última sexta-feira, em meio à Operação Sépsis, foi acusado de corrupção, evasão e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, pela Procuradoria-Geral da República. A prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.

Lúcio Bolonha Funaro é ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e foi preso em sua casa, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A Operação Sépsis surgiu após a delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Em seus depoimentos, Cleto acusou Funaro e o deputado Eduardo Cunha de cobrarem propina em troca da intermediação da liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS. Após realizar um exame no Instituto Médico Legal, Funaro foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em São Paulo, onde ficou preso durante o fim de semana.

Em maio, O GLOBO publicou que Funaro é considerado, entre os investigadores, o guardião dos segredos de Eduardo Cunha. Para os investigadores, Funaro é o gestor financeiro de Cunha.