WASHINGTON ? Nesta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que as recentes mortes de dois homens negros pela polícia americana refletem um grave problema social do país. Na terça-feira, dois agentes mataram a tiros Alton Sterling, em Louisiana. No dia seguinte, Philando Castile foi morto também por forças de segurança americanas em Minnesota. Ambos os episódios foram registrados em vídeos de imagens fortes, que causam comoção e indignação nas ruas e nas redes sociais.
Em seu Facebook, o presidente ressaltou que os episódios que abalam comunidades nos EUA não são casos isolados ? mas, sim, um sintoma dos desafios do sistema de Justiça criminal americano.
?O que está claro é que estes tiroteios fatais não são incidentes isolados. Eles são sintomas dos desafios maiores dentro do nosso sistema de Justiça criminal, das disparidades raciais que aparecem no sistema ano após ano e da resultante falta de confiança entre a aplicação da lei e muitas das comunidades a que ela serve?, escreveu Obama.
O presidente, no entanto, ressalvou que admitir um grave problema não contradiz o grave problema não contradiz.
Mais cedo, a Casa Branca emitiu um comunicado dizendo que Obama estava profundamente perturbado pelas mortes dos americanos. Segundo o porta-voz do governo, John Earnest, o presidente acompanha a situação de perto.
No caso de Louisiana, o Departamento de Justiça conduz uma investigação de direitos civis sobre a morte de Sterling por dois agentes policiais.
Dezenas de pessoas se mobilizaram nas ruas de Falcon Heights, em Minnesota, para protestar contra a morte de Castile, que tinha 32 anos. Em Louisiana, também foram registrados protestos após o assassinato de Sterling, aos 37 anos.
Os procedimentos policiais já foram alvos de críticas nos Estados Unidos no passado após a morte do jovem negro Michael Brown, abatido por um tiro de um agente branco em 2014 em Ferguson, Missouri. Casos similares ocorreram em Chicago (Illinois) e Baltimore (Maryland).