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Usar celular ao volante pode ter mesmos efeitos do álcool

O problema, segundo especialistas em neurociência, é que ao adotar essa prática o condutor assume os mesmos riscos do que dirigir após beber

Curitiba – Todos os meses, aproximadamente 10 mil motoristas são multados no Paraná por usar o celular ao volante. Falar ou digitar no aparelho está entre as cinco infrações mais cometidas no Estado, de acordo com o Detran-PR (Departamento de Trânsito do Paraná), com 82.804 multas de janeiro e agosto de 2016. O número já é 8% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram lavradas 76.677 infrações.

O problema, segundo especialistas em neurociência, é que ao adotar essa prática o condutor assume os mesmos riscos do que dirigir após beber. “Não podemos focar nossa atenção em dois estímulos simultaneamente. A perda de qualidade de atenção que temos ao falar ao volante é semelhante e tão grave e incompatível quanto ingerir álcool ao conduzir”, avalia o psicólogo Naim Akel Filho.

O tema é abordado na campanha Perigosa Mente no Trânsito, sobre atitudes egoístas ao volante. “A probabilidade de ocorrer um acidente aumenta em até 400% devido à falta de atenção. Sabemos que o trânsito exige raciocino rápido e quando o condutor decide usar o celular, mesmo por alguns segundos, ele perde o tempo de reação que poderia evitar um acidente”, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

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A partir de novembro, dirigir segurando ou manuseando o celular será considerado infração gravíssima de trânsito, sujeita a multa no valor de R$ 293,47 mais sete pontos na habilitação. Hoje esta ainda é uma infração média, com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira.

“As penalidades mais rigorosas são uma tentativa de diminuir o uso do aparelho pelos motoristas enquanto estão ao volante e, assim, reduzir também o risco de acidentes causados pela falta de atenção”, diz Traad.

 

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