Cotidiano

Agência anti-drogas dos EUA nega pedidos para 'afrouxar' classificação da maconha

WASHINGTON – A DEA, a agência do governo federal anti-drogas do governo americano negou nesta quinta-feira pedidos para reclassificar a maconha de “substância nível 1”, ilegal, para “nível 2”, uso controlado para pesquisa.

“Maconha permanece como uma substância nível 1 porque não atende os crítérios atuais de uso médico para tratamento nos EUA, falta um consenso de segurança no seu uso sob supervisão médica e tem um alto potencial de abuso”, disse a agência.

Os pedidos tinham o apoio da Associação Médica Americana, que, em abril, afirmou que “a revisão era necessária para facilitar a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos baseados na cannabis”.

Os críticos dizem que é aí que está a sinuca de bico da questão: sem o relaxamento da classificação, é quase impossível fazer pesquisas. Atualmente, apenas a Universidade do Mississípi tem permissão do governo federal (e as respectivas verbas) para plantar e estudar cientificamente a maconha. O DEA já prometeu que vai permitir que mais instituições entrem no atual “monopólio acadêmico” da cannabis.

Entretanto, essa é a única diferença na nova decisão da agência. Há décadas o DEA responde com a mesma fala, dizendo que não mudará a classificação da maconha devido a falta de valor médico da substância.