
– E você ainda diz que é pobre. Você é o pobre mais rico do mundo – disse João Leite.
Kalil retrucou e afirmou que João Leite não entende nada de negócios e que a empreiteira da qual é dono tem tradição na cidade.
– Você nunca tocou uma loja de suco e vitamina. Nunca empregou ninguém. Já passaram 150 mil empregados pela minha empresa. E você (João Leite) foi lá e buscou dinheiro três vezes. Você cospe no prato que comeu – disse Kalil.
João Leite falou que foi na empresa buscar dinheiro, porque o Atlético Mineiro, que era na época presidido pelo pai de Kalil, Elias Kalil, lhe devia sete meses de salário.
– Quando começou essa campanha, tinha admiração por você. Não tenho mais. Fiquei sete meses sem receber.
Kalil rebateu:
– Não dá para conversar com o João Leite. Ele não entende nada de negócio. Não poderia vender óculos falsificados em banca na Afonso Penna (uma das principais avenidas de Belo Horizonte). Você recebeu cartas (como deputado estadual) para soltar bandido. Recebeu mais cartas que o Papai Noel recebeu de criancinhas.