WASHINGTON – As autoridades do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) se mostraram divididas na reunião do mês passado quanto à elevação da taxa de juros. De acordo com a ata do encontro, os legisladores do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) não encontraram consenso em torno da continuidade da melhora das condições do mercado de trabalho americano. Além disso, eles indiciaram baixo risco de uma recuperação na taxa de inflação
Alguns membros votantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve esperam que um aumento de juros seja necessário em breve, mas há um consenso geral de que é preciso mais dados antes disso, mostram as minutas.
?Os membros concordaram no geral que, antes de tomar outro passo para remover a acomodação monetária, é prudente acumular mais dados para medir o dinamismo subjacente do mercado de trabalho e da atividade econômica?, diz o texto divulgado em Washington nesta quarta-feira. ?Alguns membros preferiram esperar por mais evidências de que a inflação chegaria a (meta de) 2% de forma sustentável?.
A ata mostrou que integrantes do Fomc estavam, de maneira geral, otimistas sobre as perspectivas econômicas dos EUA e o mercado de trabalho, mas vários disseram que uma desaceleração no ritmo futuro de contratações serviria de argumento contra um aumento no curto prazo.
Na reunião, o Fomc decidiu manter a taxa de juros na atual faixa entre 0,25% e 0,5% e destacou que ?riscos no curto prazo à perspectiva econômica diminuíram?.
O próximo encontro das autoridades do Fed para discutir a política monetária será em 20 e 21 de setembro. Dez integrantes do Fed atualmente são membros do Fomc. Sete presidentes de bancos regionais do Fed também participaram da reunião de 26 e 27 de julho, mas sem poder de voto.
Do grupo mais amplo, vários expressaram preocupação de que os juros baixos podem prejudicar a estabilidade financeira.