Cotidiano

Professor da Uerj é ouvido como informante no julgamento do impeachment

2016 934831435-201608271648567677.jpg_20160827.jpgBRASÍLIA ? A sessão do julgamento do impeachment com a presença de testemunhas foi retomada por volta das 19h40 no Senado. O pedido do advogado de defesa de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, para que o professor de Direito Financeiro da Uerj Ricardo Lodi seja ouvido como informante foi acatado por Ricardo Lewandowski.

A acusação contestou a presença de Lodi e defendeu que ele não fosse ouvido. Alegou que ele estaria impedido de atuar no julgamento porque auxiliou na defesa de Dilma durante o processo. Ele foi assistente pericial no processo.

? Nós reconhecemos o impedimento, nós o arrolamos para depois o converter em informante. A figura do informante é justamente porque está impedido ou é suspeito. Não vejo nenhum problema que, na posição de informante, seja ouvido o professor ? disse Cardozo.

O ministro Ricardo Lewandowski, que preside a sessão, negou o pedido da acusação para impedir que Ricardo Lodi falasse. Lewandowski afirmou que o período para este pedido já está ultrapassado e que, mesmo que não houvesse pedido da defesa, ele próprio tem interesse em ouvir o que Ricardo Lodi tem a dizer.

? A matéria está preclusa. A defesa pediu a qualificação da testemunha como informante e nós sabemos que o informante não está sujeito a impedimento. Como este é um processo que se assemelha ao do juri, nós queremos, pela importância desse julgamento, atingir a verdade real — afirmou o ministro.

? Ricardo Lodi está aqui na qualidade de informante, ele não presta compromisso, apenas informações. Se não fosse a pedido da defesa, seria, e agora será, a pedido do presidente, que tem interesse no esclarecimento dos fatos ? concluiu Lewandowski.