SÃO PAULO. A Embraer anunciou nesta terça-feira a criação de uma nova unidade de negócios, que irá concentrar todas as atividades da empresas relacionadas à prestação de serviços e suporte a clientes. Atualmente, cada uma das divisões de negócios da empresa ? aviação comercial, executiva e de defesa e & segurança, tem estruturas próprias para atendimento a clientes no pós venda.
? Enxergamos uma oportunidade de ampliar e integrar a oferta de serviços e suporte. Há muitas áreas no pós-venda em que podemos ter receitas bem maiores, o que deve trazer estabilização maior de receitas à empresa ? disse Paulo Cesar Silva, presidente da Embraer.
De acordo com a empresa, a nova unidade de negócios entra em operação no primeiro semestre de 2017 e será responsável ?pelo desenvolvimento de soluções em suporte aos produtos e serviços, atuais e novos, bem como por efetuar a gestão dos processos e recursos associados a eles?. A Embraer tem atualmente cerca de 2.000 aeronaves em operação na aviação comercial, às quais somam-se outros 1.000 jatos executivos, além de suas aeronaves de defesa.
? Estamos em um negócio de ciclos longos e que demanda serviços que favorece o estabelecimento de relações duradouras com os clientes ? diz Joahan Bordais, escolhido para comandar a nova área e que atualmente é diretor de serviços e suporte da Embraer Aviação Comercial.
A empresa explicou ainda que, mesmo com a nova área de negócios, a ?estrutura de relacionamento diário com o cliente (venda e suporte técnico) continuará sob a responsabilidade das respectivas unidades de negócios (aviação comercial, executiva e defesa & segurança).
Layoff no Brasil
Os empregados da fábrica da Embraer em São José dos Campos aprovaram nesta terça-feira a proposta da empresa de adotar um programa de licenças não remuneradas (lauoff) na fábrica na cidade. Inicialmente, a empresa propôs a inclusão de 2.000 trabalhadores no programa de layoff, mas depois de negociações com o Sindicato de São José dos Campos concordou em reduzir a 1.080 o contingente que será colocado em licença.
Entre agosto e outubro, a empresa já havia lançado um programa de demissões voluntárias em todas as sua quatro unidades fabris no país, que teve a adesão de 1.640 trabalhadores, dos quais mais de 700 eram da unidade de São José dos Campos.
“O objetivo das medidas propostas é a preservação dos postos de trabalho, a fim de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda global por produtos e serviços, que afeta toda a indústria aeroespacial”, afirmou a Embraer em comunicado.