SÃO PAULO – O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), foi transferido nesta terça-feira para o Presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Acusado de integrar um esquema de contratação de funcionários fantasmas na Câmara de Osasco, o atual vereador foi preso no último domingo ao voltar de uma viagem aos Estados Unidos. Ele se apresentou à Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após desembarcar.
A Secretaria de Administração Penitenciária, porém, não confirmou a chegada do prefeito de à Tremembé até o começo da tarde de hoje. Antes da transferência, Lins havia passado duas noites na Cadeia Pública de Osasco.
O pedido de prisão temporária contra ele havia sido expedido no último dia 6, após o Ministério Público de São Paulo deflagrar a Operação Caça Fantasmas. No total, dois terços da Câmara de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, foram alvo da operação. Eles são acusados de crimes de estelionato e organização criminosa.
Os 14 acusados, de um total de 21 vereadores de Osasco, foram afastados dos cargos por determinação da Justiça e 11 deles foram presos no dia 6. Segundo as investigações, o esquema desviou R$ 21 milhões de 2009 até esse ano.
“Eu não tenho dúvida de que a verdade virá à tona e a nossa inocência será comprovada”, disse Lins em um vídeo divulgado por uma rede social antes de ele ser preso.
Segundo o advogado do prefeito eleito, Flávio Christensen, a defesa aguarda julgamento do mérito de um pedido de habeas corpus já protocolado na Justiça.