Cotidiano

Estado consulta servidores sobre reajuste e progressões

Os sindicatos que representam o funcionalismo estão orientando os servidores a não responder a consulta

Curitiba – Insistindo na tese de que a crise financeira não permite honrar os compromissos assumidos com a categoria, o Governo do Paraná está consultando os servidores públicos estaduais para saber se eles preferem receber o reajuste salarial com reposição da inflação de 2016 em janeiro de 2017 ou as promoções e progressões funcionais em atraso.

Na enquete, que está sendo enviada por e-mail, o governo reafirma que não tem como pagar os dois benefícios, como previsto no acordo fechado em 2015 por estar no limite das despesas com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o Executivo, o reajuste custaria R$ 2,1 bilhões e as promoções R$ 1,4 bilhão.

“O governo do Estado tem um limite legal e financeiro para o aumento da despesa com a folha de pagamento dos servidores em 2017. Na sua opinião, o valor dever ser aplicado em: – Quitação e implantação de promoções e progressões (2015, 2016 e 2017); – Reajuste geral anual dos salários”, indaga a mensagem, enviada pela Casa Civil.

Os sindicatos que representam o funcionalismo estão orientando os servidores a não responder a consulta sob a alegação de que o governo tem um compromisso com a categoria e que há uma negociação em andamento para compatibilizar o pagamento do reajuste e das promoções.

13º ANTECIPADO

Mas nem todas as notícias são ruins para o funcionalismo paranaense, pois Beto Richa anunciou ontem o pagamento antecipado de 50% do 13º salário para o próximo dia 30, o que vai injetar R$ 800 milhões adicionais na economia do Estado. Ao dar a informação, o governador disse que a medida ratifica que o ajuste fiscal realizado está dando resultados. “Fizemos a lição de casa e hoje temos condições de valorizar os nossos servidores públicos e de investir para que o Paraná ganhe cada vez mais destaque no cenário nacional”, declarou Richa, lembrando que muitos outros estados brasileiros estão parcelando os salários do mês, e alguns já declararam dificuldade em pagar o 13º.