MIAMI – O pai do soldado americano morto no Iêmen durante uma operação do Exército americano disse que se tratou de uma “missão estúpida” e questionou as razões que levaram o presidente Donald Trump a lançá-la. William Owens revelou que se recusou a encontrar o chefe de Estado quando ele foi homenagear seu filho, Ryan.
“Por que teve que lançar esta missão estúpida naquele momento se o seu governo tinha apenas uma semana? Por que?”, perguntou Owens durante uma entrevista ao jornal ‘Miami Herald’ publicada no domingo.
“Nos dois últimos anos, não houve soldados no solo do Iêmen, apenas mísseis e drones, porque nenhum alvo valia uma vida americana. Agora, de repente, tínhamos que fazer essa grande exibição?”, acrescentou, nesta primeira declaração pública desde a morte de Ryan.
Em 29 de janeiro, forças especiais americanas realizaram uma incursão contra a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) na região Yakla, da província de Baida, onde lutam contra esse grupo considerado por Washington como uma facção mais perigosa da organização terrorista.
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O pai do militar, de 36 anos, que era um Navy Seal, prestigiosa força de operações especiais da Marinha, contou ao jornal que não quis se encontrar com o presidente americano quando Trump chegou com sua filha Ivanka em 1º de fevereiro à base aérea Dover, em Delaware, para prestar homenagem durante a repatriação do corpo do seu filho.
A Casa Branca rejeitou as críticas sobre o ataque, que considerou um “sucesso”. Segundo o Pentágono, a operação já estava preparada há algum tempo.
