Cotidiano

Viúva de militar chora ao ser ovacionada em discurso de Trump

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WASHIGNTON ? A viúva de um militar americano, morto em uma operação no Iêmen no fim de janeiro, chorou ao ser ovacionada pelo presidente Donald Trump no Congresso dos EUA. O chefe da Casa Branca discursou pela primeira vez na câmara, na noite de terça-feira, e homenageou William Ryan Owens, que era um Seal da Marinha. O tributo foi um raro momento de união entre republicanos e democratas, que aplaudiram a viúva Carryn Owens durante 1 minuto e 42 segundos ? a ovação mais longa do Congresso americano.

? Ryan morreu da mesma forma que viveu: um combatente, um herói, lutando contra o terrorismo a protegendo nossa nação ? disse o presidente em seu discurso.

Owens foi o único americano a morrer durante a operação contra o grupo terrorista al-Qaeda no Iêmen, que foi alvo de fortes críticas. No dia seguinte ao seu falecimento, Trump ligou para Carry e a convidou para participar do discurso no Congresso e para uma visita à Casa Branca.

Apesar de autoridades americanas terem afirmado que 14 combatentes foram mortos na ação, fontes disseram que ao menos 30 civis, incluindo 10 mulheres e crianças, morreram na ofensiva. No entanto, Trump insistiu na terça-feira, durante o discurso, que o ataque no Iêmen havia sido um sucesso e garantiu ter ganhado vantagem em relação ao grupo terrorista.

? Ryan foi parte de uma operação muito bem sucedida, que trouxe muitas informações vitais que nos levarão para ainda mais vitórias contra nossos inimigos ? disse Trump, que citou o Secretário de Defesa, Mike Mattis, com quem conversou antes do discurso no Congresso.

Mais cedo, no entanto, Trump relutou em assumir a responsabilidade do ataque durante uma entrevista ao canal americano ?Fox News?. O presidente disse que a operação havia sido planejada durante o governo de seu antecessor, Barack Obama.

A viúva Carry agradeceu pelo gesto de Trump. Porém, o pai do militar se recusou a ir ao discurso e pediu a abertura de uma investigação. Bill Owens criticou a ação, a que chamou de ?missão estúpida?.