BRASÍLIA – Já atuando no comando dos trabalhos do Senado, o vice-presidente da Casa, senador Jorge Viana (PT-AC), fez um comunicado há pouco para convocar uma sessão extraordinária para às 18h ou 19h, depois de concluída a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em sintonia com Renan, com quem conversou, Viana acionou a Secretaria Geral da Mesa para que o plenário fosse aberto apenas para que ele fizesse um pronunciamento ao vivo. Ele disse que queria tranquilizar os líderes de que o Senado retomará os trabalhos no final da tarde, o que vai permitir contar prazo para a tramitação da PEC do Teto.
– Tenho trabalhado juntamente com o presidente Renan e assim vou continuar a fazê-lo. É um momento tenso, delicado. É um dia muito conturbado. Temos uma situação grave, do ponto de vista institucional, isso é um fato. Mas queremos o que temos de melhor e não de pior – disse Viana, acrescentando:
– Queria fazer esse comunicado de que a sessão ordinária das 14h está cancelada, mas que será convocada sessão extraordinária, deliberativa, às 18h ou 19h.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), e o presidente nacional do DEM, José Agripino (PI), estavam em plenário e comemoraram a decisão. Nos bastidores, eles cobravam a realização da sessão extra para contar prazo para a PEC.
– A PEC é o primeiro item a ser discutida, meus cumprimentos. Ela será aprovada e promulgada no inicio de 2017 – disse Caiado.
– Na Presidência, estamos alterando o horário da sessão deliberativa ordinária. Que permaneçam na Casa porque devemos ter uma sessão extraordinária entre 18h e 19h – disse Viana.
O líder da minoria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que confia no “equilíbrio”
– Estamos numa crise institucional. Esse gesto de vir aqui é importante, mostra comando – disse Lindbergh Farias.
Viana disse é preciso ter calma no dia de hoje.
– Que a gente possa ter o Senado funcionando. Temos que ter serenidade e esperar a decisão do Supremo – disse o petista.
Mais cedo, Viana disse AO GLOBO que quer “ajudar” a superar a crise e negou que renunciaria, caso tivesse que assumir em definitivo no lugar de Renan.