VIENA – As cotações do petróleo estão em queda nesta terça-feira, refletindo as preocupações com a reunião de amanhã da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na qual os integrantes tentarão chegar a um acordo para cortar a produção e impulsionar os preços da commodity. Às 14h, o barril do tipo WTI perde 3,74%, a US$ 45,32, e o Brent, referência para o mercado brasileiro, recua 3,69%, a US$ 46,46.
Irã e Iraque, segundo e terceiro maiores produtores do grupo, têm resistido à pressão da Arábia Saudita para reduzir a produção de petróleo, o que dificulta a costura para o encontro. Fontes da Opep disseram à Reuters que uma reunião de especialistas em Viena na segunda-feira falhou devido a diferentes visões sobre a mecânica dos cortes de produção, que colocaram Arábia Saudita e Irã e Iraque em campos opostos.
? Nós vamos manter o nível de produção decidido na Argélia ? disse a jornalistas ministro do petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, ao chegar a Viena, sinalizando efetivamente que o país não está preparado para reduzir a produção.
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A Opep, que responde por um terço da oferta global de petróleo, fechou acordo em setembro para limitar a produção em entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia (bpd), ante o atual nível de 33,64 milhões de bpd.
A Opep havia dito que Irã, Líbia e Nigéria não precisariam cortar produção, uma vez que haviam sido afetados por conflitos e sanções, o que foi visto à época como uma vitória do Irã, que há tempos argumentava que queria elevar a produção para retomar a fatia de mercado perdida após sanções do Ocidente ao país.
Nas últimas semanas, Riad ofereceu-se a cortar a própria produção em 0,5 milhão de bpd, segundo fontes da Opep, com a sugestão de que o Irã limitasse sua produção a cerca de 3,8 milhões de bpd, o que é em linha ou pouco acima da atual produção iraniana. Mas Teerã enviou sinais mistos sobre a proposta, incluindo a de que quer produzir 4,2 milhões de bpd.
