Cotidiano

Com riquezas no Oeste, atrativos naturais do Paraná registraram aumento visitantes

04/2019 - Foz do Iguaçu - Cataratas Foto: José Fernando Ogura/ANPr
04/2019 - Foz do Iguaçu - Cataratas Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Curitiba – Atrativos de lazer e turismo de aventura, os parques de Vila Velha, em Ponta Grossa (Campos Gerais), e Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (Oeste), registraram aumento de visitações em 2023. O primeiro obteve o recorde histórico de público, com 80.143 visitantes, aumento 11% em relação a 2022 (71.137). Já o parque localizado na tríplice fronteira do Estado obteve a 3ª maior movimentação anual do século XXI, com mais de 1,8 milhão de turistas. O aumento foi de 21,7% em relação ao ano de 2022 (1,4 milhão de visitantes).
Vila Velha recebeu turistas estrangeiros de 58 países, especialmente dos Estados Unidos, Alemanha e Japão. A maior parte dos visitantes registrados são do próprio Paraná (64,7%), São Paulo (13,1%) e Santa Catarina (11,7%). Do total de visitantes, 26% são de Curitiba, 15,5% de Ponta Grossa, e 5,7% da capital paulista.

Foz do Iguaçu
Em Foz do Iguaçu, após os turistas brasileiros, o ranking de visitantes é formado por argentinos, norte-americanos, paraguaios, franceses e espanhóis. Mais de 765,3 mil estrangeiros de 164 nacionalidades visitaram o parque no ano passado, representando 42% da visitação. O recorde de visitação foi em 2019, com 2.020.358 visitantes.
O secretário estadual do Turismo, Marcio Nunes, ressalta o valor do turismo em áreas abertas. “O turismo que mais segue a tendência de crescimento é o de grandes negócios voltados à natureza. É um turismo voltado à preservação do meio ambiente. Essa é uma tendência que surgiu com a pandemia, no qual as pessoas passaram a procurar locais com essas características”, disse.
Ambos os parques também mantêm horários diferenciados neste mês, durante a alta temporada de verão e férias da maioria da população. Vila Velha, um parque que funciona sob concessão do Estado, permanece aberto todos os dias, das 9h às 17h. Antes, o espaço fechava para manutenção nas terças-feiras.
O Parque Nacional do Iguaçu, administrado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), abre uma hora antes do que o convencional, das 8h às 16h. Com visitas guiadas, o último ônibus para retorno do passeio sai às 17h30.
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O parque abriga uma das Sete Maravilhas do Mundo, as Cataratas do Iguaçu. O sistema consiste de 275 cachoeiras ao longo de 2,7 km do rio Iguaçu.

VILA VELHA
Entre os atrativos naturais do parque de Ponta Grossa estão os Arenitos, as Furnas e a Lagoa Dourada. No local, o turista encontra uma grande variedade de opções gastronômicas e pode aproveitar atrações de aventura, como a tirolesa, o arvorismo e o cicloturismo. Localizado a apenas uma hora de Curitiba, Vila Velha é o primeiro parque estadual criado no Paraná, em 1953.

510 mil visitaram Itaipu em 2023

O CTI (Complexo Turístico Itaipu), que administra os passeios nas áreas da usina, em Foz do Iguaçu (PR), recebeu 509.899 visitas em 2023. Um acréscimo de mais de 91 mil ingressos em relação ao ano de 2022 (418.819), o que representa um crescimento de 21,75% no movimento. Só no último final de semana foram mais de 7 mil visitantes.
Do total, 469.033 são turistas brasileiros e 40.866 de outros 129 países. O Paraná é a principal origem, com 208.070 visitantes. Apenas os municípios lindeiros à usina representaram mais de 50 mil visitas, aumento de 66,77% sobre o ano anterior. Turistas de São Paulo (96.091) e Santa Catarina (34.718) fecham a lista dos três estados que mais passaram pela Binacional. Já entre os estrangeiros, os argentinos são os que mais visitaram o complexo (7.036), seguidos de Chile (4.089) e Estados Unidos (2.851).
Entre as atrações a Itaipu Panorâmica segue como a mais vista (368.230). Depois dela estão Itaipu Especial (65.868), passeio que leva os turistas para dentro da barragem, e Refúgio Biológico Bela Vista (47.197). A Itaipu Iluminada, que normalmente só é oferecida nos finas de semana, recebeu 24.060 visitas, e as exposições do Ecomuseu outras 2.824. A Itaipu Ride (763), passeio guiado com veículo próprio, e a Itaipu By Bike (610) encerram a lista.
Informações sobre o turismo de Itaipu bem como agendamento pelo endereço www.turismoitaipu.com.br ou pelo telefone (45) 99131-9119 (WhatsApp).

“Viagem de trem mais bonita do mundo” e
Maria Fumaça Caiçara são opções do verão

Curitiba – Passeios dentro de uma das maiores riquezas naturais do País – a Mata Atlântica – e que contam a história da criação do Paraná são opções turística desse verão. As viagens de trem oferecidas entre Curitiba e o Litoral e dentro do Litoral acontecem em percursos que ajudaram a formar o Estado como o conhecemos atualmente.
O Paraná possui duas rotas: Curitiba-Morretes (através da Serra Verde Express), e Morretes-Antonina (através do Trem Caiçara). Os pacotes são ofertados também aos turistas que visitam o Estado através da parada do cruzeiro MSC Lirica todas as sextas-feiras em Paranaguá. O navio traz milhares de turistas brasileiros e estrangeiros ao Paraná até o dia 08 de março.
Os passageiros contam com serviço de bordo completo com café da manhã, bebidas, lanches, guias turísticos, entre outros. Os guias são fundamentais para deixar o passeio ainda mais satisfatório, contando detalhes da criação das ferrovias e da natureza.
O passeio com saída da Capital e passagem pela Serra do Mar percorre 70 quilômetros (maior distância ofertada em passeios de trens no Brasil) e possui duas classes: luxo e boutique. Sobre os trilhos, o trem passa por 13 túneis, 10 estações intermediárias e 30 pontes e viadutos, obras de arte que deram ao trajeto a fama de passeio de trem mais bonito do mundo.
A linha férrea foi construída pelos irmãos engenheiros Rebouças – os dois primeiros homens negros a se formarem em uma universidade no País, ainda na época da escravidão. Os passageiros também passam pelo local onde a grande figura do Barão do Serro Azul foi assassinado, em 1894. O trajeto é realizado há 26 anos, desde a privatização da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal), com a marca de mais de 4 milhões de passageiros já embarcados.
Vera Mercia Gonçalves Canani, moradora de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul), aproveitou o litoral paranaense para desfrutar do trem da Serra Verde. A gaúcha conheceu Curitiba, Morretes, Antonina e Paranaguá. “Sempre tive o sonho de fazer o passeio de trem, então vim dois dias antes do embarque no cruzeiro, peguei o trem em Curitiba e desci em Morretes. Amei muito”, conta.
Para o CEO da Serra Verde Express, Adonai Aires de Arruda Filho, a ferrovia é uma grande mola para a economia de todo o Litoral, após o passeio de aproximadamente 4 horas. “O passeio promove um dia de entretenimento, com paisagens deslumbrantes, mas também permite que essas pessoas visitem todos os atrativos no Litoral, como praias, ilhas, passeios 4×4 pela Mata Atlântica, entre outros”, destaca.
A Serra do Mar oferece belezas naturais e também uma culinária única, como o barreado, a cachaça e as balas de banana, que possuem Indicação Geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial. “O Paraná tem muita história para contar e muitas opções de exploração do turismo, que é a fonte mais barata e sustentável de geração de emprego e renda”, afirma o secretário do Turismo, Márcio Nunes.

ANTONINA-MORRETES
Em um trajeto um pouco menor, entre Morretes e Antonina, com 15 quilômetros e aproximadamente uma hora de duração, o Trem Caiçara promove uma particularidade única: o passeio pelas cidades históricas do Litoral é feito com a locomotiva a vapor mais antiga em funcionamento no Brasil. É a única Maria Fumaça em funcionamento no Paraná.
Foi esta locomotiva, aliás, que foi utilizada para a construção da principal ferrovia do Paraná há dois séculos. O passeio atravessa a Mata Atlântica pela região dos manguezais, e os passageiros têm a oportunidade de desfrutar o que existe de melhor da culinária local. É possível, ainda, visitar uma fazenda onde existe um museu ferroviário. A Maria Fumaça, com capacidade para 148 passageiros, passa por pontes metálicas e outras três de grande porte.
“Unimos história, cultura, geração de emprego e renda com o turismo do Litoral”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Marlon Ilg.