A Embrapa Soja e o Sistema Ocepar, composto pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), promovem o seminário Desvendando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), nesta terça-feira (26), das 8h30 às 16h, no auditório da Embrapa Soja, em Londrina (PR). O objetivo do seminário é apresentar para técnicos e produtores as bases científicas que norteiam o Zarc, os aprimoramentos a serem implementados (níveis de manejo), sua inter-relação com os mecanismos de seguro agrícola e, se possível, elucidar alguns questionamentos comuns no meio agrícola.
Áreas
O Zarc Soja define as áreas com maior ou menor frequência de ocorrência de déficit hídrico durante a fase mais crítica da cultura da soja (floração e enchimento de grãos), em função das diferentes épocas de semeadura, da disponibilidade hídrica de cada região, do consumo de água nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, da capacidade de água disponível no solo e do ciclo da cultivar utilizada, explica o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja.
Metodologia
A partir de 2023, o Zarc Soja passa a conta com uma metodologia que adota seis classes de água disponível (AD), definidas com base na composição textural dos solos (teores de silte, areia e argila). “Essa mudança no Zarc amplia o escopo de avaliação da realidade dos sistemas produtivos brasileiros”, explica Farias. “Nosso objetivo é minimizar os riscos e possibilitar maior estabilidade da produção e de renda para o sojicultor, o que é estratégico para a manutenção da capacidade produtiva brasileira”, enfatiza o pesquisador.
Proposta
Ainda será apresentada e discutida a proposta “piloto” do Zarc contemplando os riscos associados a diferentes níveis de manejo do solo (Zarc NM). Segundo Farias, o Zarc Soja – 06 ADs, que contempla seis as classes de água disponível (AD) no solo, foi estruturado também para incorporar – nas próximas atualizações – o efeito de diferentes níveis de manejo do solo. As duas estratégias vêm sendo ajustada e mensurada pela Rede Zarc de Pesquisa da Embrapa.
Foto: AEN