Opinião

Justificativas para permanecer no casamento

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“Um relacionamento começa com um capital inicial. Esse capital pode ser incrementado através do intercâmbio de amor. Dessa forma, o vínculo torna-se mais firme. Pode-se também gastar esse capital. E o capital que foi gasto não pode ser renovado. Então o relacionamento acaba” (Bert Hellinger)

Tenho certeza de que você já terá percebido no seu círculo de amizade casamentos embalados pela mesmice, pela rotina. Situações como estas são mais frequentes especialmente em casais a partir da meia-idade. Trata-se do fenômeno que podemos chamar de “casais infelizes”. Enquadram-se nessa categoria casais cuja relação se desenvolve na rotina da mesmice na qual falta a empolgação um pelo outro. O casal tem consciência disso e, mesmo assim, permanecem juntos. Por quê?

Quando buscamos identificar os motivos, encontramos justificativas que, vistas em perspectiva por alguém de fora da relação, parecem sem sentido. A título de ilustração, vamos referir os motivos mais frequentes.

Primeiro: medo de desapontar a família. É um motivo frequente especialmente nos casais em que os valores da tradição religiosa são fortes. Por paradoxal que pareça – uma vez que praticamente já não há mais compartilhamento – o medo da solidão leva muitas pessoas a preferirem permanecer numa relação chata a viverem sozinhas.

Segundo: a alegação de que os filhos precisam da família. Ainda que seja um equívoco que traz graves consequências, muitos casais acreditam que é melhor para os filhos terem uma família em que os pais vivem em uma relação infeliz a viverem sob a guarda de pais separados. Pais que permanecem na relação sob esta alegação transferem o peso de sua infelicidade sobre os ombros dos filhos. Com isso infelicitam os próprios filhos! Não poucas vezes os filhos já são adultos e têm vida própria fora do lar.

Terceiro: a ideia de que o investimento feito no relacionamento – investimento em tempo e dinheiro – seria desperdiçado com a separação. Por mais tediosa que seja a relação, é doloroso para estes casais sentir que consumiram tanto tempo de suas vidas para agora ser “jogado fora”.

Quarto: motivos econômico-financeiros. Algumas vezes é o caso de um dos parceiros depender economicamente do outro. Outras vezes, o casal avalia que teria dificuldades de sobreviver separado. Nos casos em que existe patrimônio envolvido a separação costuma arrastar-se pelas dificuldades de alcançar consenso na divisão dos bens.

Se você se encontra em situação semelhante, faz contato conosco pelo whatsapp indicado abaixo. Nós podemos ajudar você!
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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