“O amor se baseia na igualdade do desejar e do conceder. O amor só dá certo quando ambos estão seguros de que o seu desejo está bem resguardado pelo outro e, portanto, ambos desejam e concedem com amor. E é óbvio que isso deve estar imbuído de respeito” (Bert Hellinger)
No relacionamento de casal o amor se baseia na igualdade do desejar e do conceder. Por isso, só devemos dar o tanto que o outro está disposto a retribuir. Quando excedemos esse limite provocamos um desequilíbrio que compromete o amor do casal.
Uma das experiências mais dolorosas em um relacionamento de casal é perceber que o outro só consegue retribuir com uma parte, ou muito pouco; ou, então, perceber que retribui com algo diferente do que necessitamos.
Quando o casal não consegue equilibrar a troca, a consequência mais comum é o relacionamento caminhar na direção da separação.
Este equilíbrio no dar e receber também deve existir na sexualidade. Quando um dos parceiros quer e deseja e o outro unicamente concede, este último fica em posição de superioridade e aquele que quer e precisa fica numa posição inferior. Ou seja: provoca um desequilíbrio. E o amor só dá certo quando ambos querem e concedem com amor e respeito.
Bert Hellinger ilustra, no pensamento que grifamos acima, três configurações distintas que costumam aparecer no relacionamento de casal no que diz respeito ao equilíbrio de troca na sexualidade.
Primeira configuração: um dos cônjuges unicamente dá. Neste caso, este ocupa a posição de pai ou de mãe.
Segunda configuração: um dos cônjuges unicamente recebe. Neste caso, este ocupa a posição de filho ou de filha.
Terceira configuração: existe um equilíbrio. Neste caso, ambos desejam e concedem a sexualidade com amor e respeito.
Nas duas primeiras configurações a sexualidade não tem chance de ser vivida na intimidade. Afinal, não se pode ter intimidade sexual com um pai ou uma mãe! É isso o que acontece, ao nível da psique e no plano inconsciente, nas duas primeiras configurações do relacionamento de casal!
A sexualidade só tem chance de ser vivida na intimidade quando ambos desejam e concedem no respeito e no amor!
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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