Saúde

Chuvas intensas: Saúde alerta para cuidado contra a leptospirose e dengue

Chuvas intensas: Saúde alerta para cuidado contra a leptospirose e dengue

Curitiba – As chuvas registradas nos últimos dias, além de ter impacto e ação direta no campo, também interfere na saúde da população. Por isso, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) alerta a população para a leptospirose, doença infecciosa e grave que pode levar à morte – desde o início de 2022, o Paraná registrou 309 casos e 47 óbitos. De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), durante esta semana chove em muitas cidades do Paraná, em diversas regiões, o que requer redobrar os cuidados.

O contágio resulta da exposição direta ou indireta com a urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. A urina dos roedores pode estar presente em esgotos e bueiros, e qualquer pessoa com algum ferimento ou arranhão que tiver contato com a água contaminada pode se infectar, algo mais provável em casos de alagamentos e enchentes.

Para prevenir a contaminação, a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, explica que o ideal é evitar contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios e terrenos baldios com a presença de ratos no entorno. “Os sintomas iniciais da doença começam de forma repentina, parecendo até com a gripe, mas quando evoluem eles são bem característicos. A leptospirose pode matar e, por isso, todo o cuidado é recomendável”, explica.

Ela alerta que é necessário procurar atendimento médico em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular, em especial nas panturrilhas, falta de apetite e náuseas. Nas formas mais graves da doença geralmente há icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), com a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar ao óbito.

Como não existe uma vacina contra a leptospirose no Brasil, os cuidados e a prevenção são os maiores aliados. Lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água ingerida e evitar acúmulo de entulhos em quintais e terrenos baldios são algumas medidas que auxiliam a conter a doença.

TRATAMENTO – Para os casos leves o atendimento é ambulatorial, mas nos graves a hospitalização deve ser imediata visando evitar complicações e diminuir a letalidade. O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.

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Dengue: Boletim confirma 6,4 mil novos casos e um óbito pela doença no Paraná

O informe semanal da dengue divulgado ontem (11) pela Secretaria de Estado da Saúde registra 6.465 novos casos – 5,67% a mais que na semana anterior – e um novo óbito pela doença no Paraná. Agora, o período epidemiológico, que teve início em julho do ano passado, soma 120.393 casos confirmados e 97 óbitos em todo Estado. O números ratificam o alerta da secretaria para os cuidados com os criadouros do Aedes aegypti.

A confirmação do óbito registrado nesta semana aconteceu no município de São Pedro do Ivaí, localizado na 16ª Regional de Saúde – Apucarana. Trata-se de uma mulher de 46 anos com comorbidades. “A dengue continua registrando um alto número de casos em todas as regiões e, por esse motivo, não podemos relaxar. A população deve estar atenta aos cuidados preventivos, eliminando pontos que acumulem água parada nos ambientes externos e também internos dos domicílios. O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, se prolifera em todo tipo de recipiente que acumule água parada”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Do total de casos, 92.179 são autóctones, o que significa que as pessoas contraíram a doença nos municípios de residência. Estes casos estão em 322 municípios do Estado. As regionais com mais casos são Londrina (47.769), Foz do Iguaçu (17.698), Maringá (10.719) e Paranaguá (8.987).

CHIKUNGUNYA

Com relação a chikungunya, o boletim registra 721 novos casos, 61 a mais que no último informe. Não houve novo registro de óbitos pela doença.

Foto: Gilson Abreu/AEN