O futebol americano verá neste domingo o primeiro Super Bowl com os Estados Unidos sob o comando de Donald Trump. Para algum desavisado, isso significa pouco, mas há grande expectativa por um protesto. Todas as fichas estão com Lady Gaga. A cantora pop será a responsável pelos 13 minutos do tradicional show do intervalo ? especula-se que Beyoncé, nascida em Houston, fará uma aparição. Ela promete uma mensagem de inclusão e tolerância. Para alguns, já é uma alfinetada no presidente.
INFOGRÁFICO: O duelo entre Patriots e Falcons em números
A NFL nega que impedirá Lady Gaga de fazer menções políticas no palco. A cantora foi uma fervorosa apoiadora da democrata Hillary Clinton durante as eleições e fez um protesto em frente à Trump Tower, em Nova York, após a vitória do presidente.
Nos Patriots, especula-se que as duas principais estrelas sejam apoiadores de Trump. Antes da eleição, o técnico Bill Belichick escreveu uma carta elogiando o então candidato. Já Tom Brady deu uma entrevista coletiva no vestiário da equipe em 2015 em que, em seu armário, era possível ver um boné com o slogan do republicano: “Make America Great Again” (Faça os EUA grande de novo, na tradução livre).
Apesar disso, sua mulher, Gisele Bündchen, negou que a família apoiasse Trump. Durante as entrevistas prévias ao Super Bowl, Belichick e Brady evitaram o assunto.
RELAÇÃO ANTIGA DE TRUMP
Essa está longe de ser a única relação de Trump com o futebol americano. Em 2014, ele chegou a tentar comprar uma franquia da NFL, o Buffalo Bills, mas sua oferta de US$ 1 bilhão não foi suficiente para vencer o leilão. Outra relação dele com o esporte é mais antigas – e polêmica.
Nos anos 80, ele foi proprietário do New Jersey Generals, da USFL, última liga profissional do esporte a ter sucesso paralelo à NFL. Os torneios eram disputados em épocas diferentes do ano, o que Trump convenceu os demais donos de times a mudar para forçar uma fusão com a NFL. A tacada é tida como determinante para o fim da liga após apenas três temporadas disputadas.