JACARTA ? O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, relatou nesta sexta-feira que disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, jamais tê-lo insultado com palavrões. As tensões entre os dois líderes se elevaram nesta semana quando a imprensa reportou que o líder filipino chamou o chefe da Casa Branca de ?filho da puta? e ameaçou xingá-lo em uma cúpula internacional caso contestasse as execuções extrajudiciais no seu país. Após o episódio, Obama cancelou uma reunião bilateral previamente agendada com Duterte.
O presidente filipino chegou a se desculpar e lamentou os insultos que proferiu contra Obama. Mas, em visita à capital da Indonésia nesta sexta-feira, Duterte disse a um grupo de filipinos que o insulto não foi dirigido ao presidente norte-americano.
? Eu estava pronto. Estava esperando Obama responder. De advogado para advogado, afinal ambos somos advogados. Eu disse que jamais fiz o comentário. Verifiquem ? afirmou. ? Eu disse isso, mas não em relação a Obama. Não estou lutando contra a América.
Em sua nova declaração, no entanto, ele manteve a postura desafiadora no combate às drogas. E disse ainda que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é um tolo por trazer à tona a defesa dos direitos humanos.
Apesar da reunião cancelada entre os dois líderes, Obama e Duterte apertaram as mãos e tiveram uma conversa rápida na quarta-feira, disseram autoridades. Em uma entrevista coletiva na quinta-feira, Obama afirmou ter dito a Duterte que gostaria de esquecer o episódio:
? Não foi uma longa interação, e o que eu indiquei é que a minha equipe deve se reunir com a dele e determinar como podemos avançar em uma série de questões ? afirmou o presidente dos EUA.
