Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Rio-2016 se eximou da responsabilidade na manutenção e no uso futuro das instalações do Parque Olímpico. Após projeto frustrado de parceria com a iniciativa privada, cinco arenas, incluindo o velodromo, estão fechadas e sob responsabilidade do Ministério do Esporte. Nuzman afirmou que o COB tem interesse em abraçar uma das arenas apenasa se tiver recurso para isso.
? O COB não tem responsabilidade nisso. Lá atrás, estabelecemos que não fazemos obras. Não temos a responsabilidade de dizer o que vai ser feito. Não é que lavo as mãos mas tenho limites financeiros, por causa da manutenção, e de como se deve usar essas instalações porque não temos interferência. O COB entregou antes mesmo dos Jogos Olímpicos um projeto esportivo para o uso do Parque Olímpico. Fico preocupado, é natural. ? comentou Nuzman, que admitiu interesse em adminialstrar uma das arenas.
? Temos interesse sim em administrar uma das arenas, a maior até. Mas precisamos de recursos para isso.
QUEDA DE INVESTIMENTOS
Sobre a situação financeira da entidade e das confederações, Nuzman afirma que o esporte olímpico volta a Sydney 2000.
? Era natural que se esperasse esse cenário com menos patrocinadores e a não renovação de parcerias. Voltamos a antes de Sydney. De 2002 a 2016 tivemos grandes eventos esportivos com nossa organização e a origem dos recursos eram diversas ? compara Nuzman, que não quis informar o valor da dívida do Rio 2016. ? O evento foi de R$ 90 bilhões e essa dívida é de cerca de 1% (90 milhões). Estamos resolvendo nossa dissolução.
Nuzman tambem afirmou que para Tóquio 2020 a entidade não divulgaria mais metas de medalha. O Brasil não atingiu a meta no Rio, que era o décimo lugar.
? Não fui eu que divulguei. Não falaremos mais sobre metas. Não falo sobre metas ? respondeu referindo-se a Marcus Vinicius Freire, ex-superintendente de Esportes do COB com o qual teve desentendimentos.