Política

Com Francischini fora, de novo, deputados do Oeste voltam para Alep

Na noite da última quinta-feira (2), o ministro Nunes Marques havia proferido uma decisão monocrática atendendo ao pedido de Fernando Francischini e derrubando a cassação que havia sido imposta ao parlamentar pelo TSE em 2021, devido a uma "live" por meio da qual o deputado teria divulgado notícias falsas sobre o sistema eleitoral

Com Francischini fora, de novo, deputados do Oeste voltam para Alep

 

Brasília – A alegria do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil) não durou muito, isso porque, ontem (7), por três votos favoráveis e dois contrários, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) reformou a decisão monocrática do ministro Nunes Marques e manteve a cassação do deputado estadual. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça votaram favoráveis a decisão que devolvia o mandato de Franchiscini. Já Edson Fachin e Ricardo Lewandowski votaram em derrubar a decisão e manter a cassação. O voto decisivo foi do ministro Gilmar Mendes, que também votou em derrubar a decisão de Nunes Marques. Assim, o STF manteve a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou o deputado estadual do Paraná em outubro de 2021.

Na noite da última quinta-feira (2), o ministro Nunes Marques havia proferido uma decisão monocrática atendendo ao pedido de Fernando Francischini e derrubando a cassação que havia sido imposta ao parlamentar pelo TSE em 2021, devido a uma “live” por meio da qual o deputado teria divulgado notícias falsas sobre o sistema eleitoral. Na decisão proferida monocraticamente, Marques entendeu que o uso da internet foi indevidamente enquadrado pelo TSE nas hipóteses que configuram abuso dos meios de comunicação. Além disso, ele entende que o parlamentar não poderia ter sido punido, em 2021, com base em uma regra que não existia em 2018, quando disputou e venceu as eleições.

Depois do relator, votaram os ministros André Mendonça, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Atual presidente do TSE, Fachin votou pela cassação de Francischini no julgamento eleitoral do ano passado. Lewandowski e Gilmar acompanharam o voto contrário de Fachin, formando maioria contra Marques.

 

Outro julgamento

Mais cedo, Mendonça havia pedido vista em outro julgamento sobre o caso, este em plenário virtual, com o quórum completo do STF. Antes do pedido, tinham votado derrubando a liminar de Marques e mantendo válida a cassação de Francischini, os ministros Fachin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.

Ao justificar o pedido de vista, Mendonça afirmou que, como Marques incluiu a liminar na pauta da Segunda Turma, na tarde de ontem – para referendo ou não dos colegas – seria “prudente aguardar essa definição” e “evitar eventuais decisões conflitantes no âmbito da Suprema Corte”.

O caso em julgamento no plenário virtual, interrompido por Mendonça, era um mandado de segurança impetrado pelo deputado estadual Paulo Bazana (PSD). O parlamentar foi um dos que assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná após a cassação de Francischini.

 

Dança das Cadeiras

Com a decisão da Segunda Turma do STF, a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) sofrerá uma nova dança das cadeiras. Na segunda-feira (6), o presidente do legislativo estadual, Ademar Traiano (PSD), cumpriu a decisão de Nunes Marques prolatada na quinta-feira passada e reconduziu ao cargo os deputados os deputados Fernando Francischini, Emerson Bacil, Cassiano Caron e Do Carmo, que tinham sido afastados por conta da cassação de Francichini por conta da recontagem de votos e redistribuição das vagas.

Na época da saída de Francischini e dos outros três parlamentares, assumiram as cadeiras livres na Alep os deputados Adelino Ribeiro (PSD), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (União) e Pedro Paulo Bazana (PSD). Os três saíram do cargo na segunda-feira e nem participaram da sessão ordinária.

Agora, Bazana, Adelino, Rush e Moura voltam para a Alep e, Fernando Francischini, Emerson Bacil, Cassiano Caron e Do Carmo, ficam foram de novo. Assim que a decisão do STF vor comunicada à Presidência da Alep, o Oeste do Paraná ganhará, outra vez,

três cadeiras com Adelino Ribeiro (Cascavel), Elio Rush (Marechal Cândido Rondon) e Nereu Moura (Catanduvas).

 

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Municípios já receberam R$ 614 mi  em contratos do Paraná Urbano

 

Curitiba – O Governo do Estado chegou ao sexto mês de 2022 com US$ 127,9 milhões (cerca de R$ 614 milhões pela cotação atual) desembolsados em ações de apoio ao desenvolvimento urbano de 187 municípios paranaenses por meio do programa Paraná Urbano III, contratado em 2020. O montante equivale a 54% do total disponível para o projeto (US$ 236,7 milhões ou R$ 1,136 bilhão), que conta com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e contrapartida do Estado por meio de obras financiadas pelo SFM (Sistema de Financiamento aos Municípios), operacionalizado pela Fomento Paraná.

O contrato com o agente financeiro internacional foi assinado em abril de 2020 e prevê a liberação de US$ 118 milhões (R$ 566,4 milhões) até abril de 2024 – US$ 103 milhões para reestruturação urbana e US$ 15 milhões para o fortalecimento do sistema, como a compra de softwares e a implementação de bases cartográficas. O Estado é responsável por aplicar outros US$ 118 milhões no período.

A exigência é que as ações sejam voltadas para reduzir o déficit de infraestrutura nos municípios, com apoio na gestão tributária, financeira, de planejamento e gestão. O Paraná Urbano III integra o SFM, coordenado pelo Paranacidade e vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas.