Agronegócio

Estudo vai identificar e desafios de inovação agro na região oeste

Os resultados são imprescindíveis para balizar os próximos passos da vertical

Cascavel – Identificar oportunidades, planejar ações, estabelecer metas e compreender os desafios. Essas foram as principais motivações para que a Vertical Agrotech, de Cascavel, realizasse um estudo para analisar o grau de maturidade do ecossistema de inovação agro na região. Coordenado pelo Sebrae-PR, o estudo levou em consideração aspectos diversos, como ambientes de inovação, programas e ações, instituições de ciência tecnologia e inovação – ICTI, capital, políticas públicas e governança.

Segundo o consultor Emerson Durso, do Sebrae-PR, os resultados são imprescindíveis para balizar os próximos passos da vertical.  “O estudo teve a missão de resgatar e analisar o real cenário da inovação agro e os resultados demonstraram os pontos em que somos muito fortes, como no quesito ambientes de inovação; e pontos que ainda precisam ser fortalecidos, como o de ICTI. Com esses dados, podemos planejar uma retomada de ações mais focada nos pontos mais urgentes”, explica Emerson.

O levantamento foi divulgado durante workshop realizado no 2º Show Rural de Inverno, que contou com a participação de diversos atores do ecossistema local de inovação. Ailton Rodrigues, por exemplo, é CEO de uma startup do agronegócio, a Aquabit, que desenvolve sistemas de gestão de projetos de TI, foi um dos empresários participantes. Segundo ele, o alinhamento oportunizado no encontro é essencial para a cadeia produtiva local.

“O alinhamento das vertentes que formam o ecossistema agro é fundamental para a continuidade do crescimento, como também do desenvolvimento da inovação na cadeia produtiva. Contribuímos com sugestões e questionamentos sobre a efetividade das ações dos integrantes como também a integração entre eles. Se não houver uma sinergia e complementariedade, as ações de ecossistema não terão os resultados esperados”, comenta Ailton.

O coordenador de Projetos e Inovação da Coopavel, Kleberson Angelossi, concorda. Para ele, o workshop, que abriu uma série de três agendas sobre a temática do estudo, serviu, principalmente, para avaliar a maturidade do ecossistema agro local, o que contribui diretamente para o planejamento dos envolvidos.  “É importante envolver todos os atores pois são eles que podem fomentar e promover ações para impulsionar a inovação no ecossistema agro de Cascavel. Baseado no resultado da avaliação da maturidade do ecossistema, o objetivo é promover programas e ações que possam estruturar e incrementar o ambiente de inovação de Cascavel afim de que a região se torne um polo de inovação do agro”, destaca o coordenador.

Ainda de acordo com Alcione Gomes, presidente da Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel), a partir de agora, as ações poderão ser cada vez mais estruturadas e complementares. “Um ecossistema é composto por diferentes pessoas com expertises diversas. Quanto mais diversidade existir, mais fortes e maiores serão as oportunidades que poderão surgir para as empresas, startups e para a região como um todo. Na medida em que vamos construindo as ações em conjunto, criamos um senso de pertencimento e, juntos, poderemos chegar mais longe”, disse Alcione Gomes.