Exato um mês após confirmar os cinco primeiros casos da variante de Manaus do Coronavírus, o Paraná vive seu pior momento na pandemia e o Ministério da Saúde coloca o estado como epicentro da doença, junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre os meses de janeiro e março, o aumento de casos foi de 75%, enquanto o de mortes foi de 81%. Diante disso, os três estados temem a falta de medicamentos e insumos, o que motivou a criação de um consórcio nessa quarta-feira (17) para a realização de ações conjuntas.
Levantamento realizado a partir de boletins da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram o forte crescimento da doença no Paraná. De 17 de janeiro a 17 de fevereiro, por exemplo, foram 98.498 mil casos confirmados e 1.802 mortes pela doença. Já de 17 de fevereiro a 17 de março, foram 172.802 novos casos e 3.270.
Segundo o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, a P1 hoje é responsável por cerca de 80% dos casos nos estados do Sul. “O Ministério da Saúde reconhece que somos o epicentro da crise, reconhece que por mais que avancemos nas restrições das atividades e nas ações de saúde, o que se apresenta é uma nova doença”, explicou.
Segundo Ratinho Junior, o momento é muito dramático. “A ideia é de criar um planejamento estratégico para compra de insumos, sejam medicamentos para intubação, que estão ficando escassos pelo aumento da necessidade, quanto na regulação de equipamentos e leitos de UTI”, comentou ao reforçar a importância do consórcio regional.
Consórcio
A primeira medida tomada pelos governadores foi a criação de um mecanismo de solidariedade entre os estados. A relação entre os vizinhos vai permitir a implantação de um estoque regulador central de insumos, com a troca de boletins diários sobre as quantidades disponíveis de medicamentos, equipamentos e materiais.
Será criada ainda uma central única, com dados dos três estados, como forma de facilitar a internação de pacientes, seja em UTIs ou quartos clínicos.
Reportagem: Banda B