Cotidiano

PR Trifásico concluiu 2,8 mil km de novas redes em 2020

A nova rede trifásica está pulverizada por todo o Estado e as obras estão gerando cerca de mil empregos diretos e indiretos no Paraná

Outros 3,4 mil km já estão em execução - Foto: Copel 
Outros 3,4 mil km já estão em execução - Foto: Copel 

Cascavel – O programa Paraná Trifásico alcançou 2.807 quilômetros de novas redes de energia elétrica já implantadas no Estado até o final de 2020. Esse resultado supera em 12% o total planejado para o ano, que era de 2,5 mil km concluídos, e é maior que a distância, em linha reta, entre os municípios de União da Vitória, no Paraná, e Manaus, no Amazonas.

Desses 2.807 km de redes, 668 km foram construídos na região centro-sul, 646 km na região leste, 573 km nas regiões oeste e sudoeste, 501 km na região noroeste e 419 km na região norte do Paraná. Em 2020, o investimento foi de R$ 261 milhões e ultrapassou o montante planejado inicialmente, que era de R$ 210 milhões. A nova rede trifásica está pulverizada por todo o Estado e as obras estão gerando cerca de mil empregos diretos e indiretos no Paraná.

“É o maior programa do gênero no País, com previsão de construir 25 mil quilômetros de linhas. É uma modernização que atende a área rural, colaborando com as cooperativas e os produtores rurais”, disse o presidente da Copel, Daniel Slaviero. Está prevista a construção de mais 3 mil quilômetros em 2021, 4,5 mil quilômetros em 2022 e 5 mil em cada ano entre 2023 e 2025.

O programa

Toda a espinha dorsal da rede de distribuição no campo está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. A Copel vai investir R$ 2,1 bilhões para alcançar todos os cantos do Paraná.

Com o Paraná Trifásico, a Copel melhora a qualidade no fornecimento de energia para o campo, renova seus ativos e garante mais segurança aos seus funcionários e à população. Os novos cabos com capa protetora isolante têm nível de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos. O programa também retira os postes antigos do meio das plantações e coloca postes novos nas estradas rurais, o que facilita o acesso dos técnicos.

As novas linhas têm conexões inteligentes com a central de monitoramento da rede, chamados de religadores automáticos. Esses equipamentos têm capacidade para identificar problemas e “abrem temporariamente” para passagem de eventuais curtos e evitar desligamentos, e religam a energia sem precisar de interferência humana. Os equipamentos podem ser acionados remotamente pelo novo Centro de Operação da Copel em Curitiba.

Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção terão grande benefício, entre elas leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, por exemplo, além de atividades como os poços artesianos. O Paraná é líder nacional em algumas delas, como avicultura e piscicultura.

Revolução no campo

O Paraná Trifásico é uma evolução do Clic Rural, iniciativa que levou energia para mais de 120 mil propriedades rurais nos anos 1980 e se tornou o principal programa de eletrificação rural da época. Passados mais de 30 anos, o perfil do consumidor rural é outro. Com o avanço dos processos tecnológicos no campo, cada vez mais mecanizados e automatizados, a preocupação com a qualidade do fornecimento de energia elétrica passou a ser prioridade, tanto para o investidor quanto para a Copel.

O programa tem orçamento de R$ 2,1 bilhões e faz parte do maior pacote de investimentos da história da Copel Distribuição, junto à Rede Elétrica Inteligente, com aporte de R$ 820 milhões para implementar medidores inteligentes em 4,5 milhões de unidades consumidoras (casas e empresas), e às novas subestações de energia que estão em construção. São mais de R$ 3 bilhões para modernizar e automatizar a rede, preparando-a para novos perfis de consumo relacionados às cidades inteligentes, maior autonomia dos usuários e geração sustentável.

A instalação da tecnologia acontecerá em 73 cidades das regiões centro-sul, sudoeste e oeste do Paraná, com benefício direto a 1,5 milhão de paranaenses (462 mil unidades consumidoras).