A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, reúne colaboradores de 92 nacionalidades e 29 idiomas.Essa diversidade cultural, comum propósito comum, o de oferecer alimentos de qualidade, cada vez mais saborosos e práticos, para pessoas em todo o planeta, se reflete com intensidade nas festas de fim de ano. Trabalhadores como o venezuelano Marcos Antonio Díaz Vilchez, da unidade de Marau (RS), o haitiano Enold Artur StFleur, em Capinzal (SC), e o senegalês ElhadjiCheikh Anta Diakkhate, em Toledo (PR), personificam o contraste entre os costumes que o Natal reforça.As tradições brasileiras, simbolizadas com o Chester que recebem da Companhia para a ceia, são combinadas com elementos da culinária de seu país de origem, dando um tempero ainda mais especial para a data.
Em Toledo, no Oeste do Paraná, o senegalês Elhadji Cheikh Anta Diakhate, 36 anos, se prepara para o seu quinto Natal no Brasil. Quando chegou a este lado do Atlântico, ele encontrou semelhanças — a solidariedade das pessoas, a alegria nesta época do ano — e diferenças. “É outra cultura, são outras comidas, mas a mais gostosa diferença que encontrei é o costume de comer peru no Natal. No Senegal, não é tão comum”, conta Diakhate. “Gostei muito e agora já é tradição na minha família.”
Na família de Diakhate, quem prepara o prato é sua esposa, Marlene, que ele conheceu no trabalho na BRF. “Neste fim de ano, não será possível reunir muitos amigos nas festas, então seremos só nós dois e meus sogros”, conta. “Mas o importante é fortalecer a família.”
No norte gaúcho, o cardápio de Marcos, 37 anos, que está no Brasil há dois anos, dos quais nove meses na BRF, inclui uma iguaria que ele aprendeu a apreciar nas ceias natalinas em Maturín, na Venezuela: a hallaca,que pode ser descrita como um guisado de carne suínaenvolto em uma massa de farinha de milhoempacotada em folhas (de plátano ou de bananeira) amolecidas por água quente.“O que é mais complicado é conseguir a folha de plátano”, explica ele.
Para a ceia na noite de 24 de dezembro, ele a esposa,Yarlenys, também preparam Pan de Jamón, um típico pão de Natal venezuelano, recheado com presunto, passas e azeitonas verdes, tradição que repassam aos três filhos, entre 5 e 14 anos de idade. Marcos pretende convidar um amigo brasileiro paracompartilhar a comida típica de seu país.
No meio oeste catarinense, Artur, 35 anos, que está no Brasil há seis anos, mesmo período em que trabalha para a BRF, conta que a celebração de Natal para os haitianos tem um tom de festa, com música. Em outros anos, a data costumava reunir uma turma grande de colegas amigos. Desta vez há as restrições do distanciamento social impostas pelas medidas protetivas. Ainda assim, com a esposa e a filha de quase quatro anos, e amigos, respeitando os cuidados de saúde, não perderá a chance de festejar a data e o significado que ele porta. “Um Feliz Natal a todos”, deseja Artur.