Educação

Como a atenção aos enunciados pode ajudar nas provas de Português

Quase todos os concurseiros cometem o mesmo erro: leem os textos antes de começar a resolver as questões das provas de Português. Soa estranho pensar o contrário? Não para Tatiane Felix, professora de Língua Portuguesa da Central de Concursos e especialista em preparação para concursos públicos.

"Na verdade, o ideal é, antes de tudo, ler e prestar atenção nos enunciados. Isso porque nem sempre as perguntas se referem à interpretação daquele texto. E você corre o risco de gastar dez minutos na leitura − um tempo precioso quando se trata dessas avaliações − para depois analisar gramaticalmente duas ou três frases", afirma a professora.

Só não será perda de tempo se as questões exigirem mesmo uma análise geral do significado do texto. Mas você saberá disso somente depois de checar as questões. Por isso, anote esta dica: sempre leia os enunciados antes de qualquer coisa. E preste atenção neles, pois ali está o norte de qual raciocínio aplicar.

Concordância, aliás, é um dos temas mais cobrados. Só não fica atrás das questões sobre regência − que é a relação entre os verbos e seus complementos (por exemplo, em quais situações determinados verbos pedem a presença de preposição ou uso de crase). Se você dominar bem esses dois campos da nossa língua, terá um ótimo resultado.

"Não se esqueça de testar seus conhecimentos ao praticar sempre com exercícios e provas antigas. E apostar muito na leitura em casa! Só assim conseguirá se sair bem nas provas de interpretação de texto", conclui a professora.

Inclusão de alunos autistas

O número de estudantes autistas na rede estadual de ensino tem crescido nos últimos anos. Em 2018, a Secretaria de Estado da Educação têm 745 alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista e matriculados em 473 escolas da rede estadual, no Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em 2015, eram 492 alunos matriculados com este diagnóstico nas escolas estaduais. Em 2016 o número passou para 588 e em 2017 para 709.

De acordo com a chefe do Departamento de educação especial da Secretaria, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno, este aumento não se reflete apenas como um desafio para a educação, mas para toda a sociedade. “É importante promover uma reflexão das práticas e políticas que cada segmento da sociedade têm adotado para receber pessoas autistas. Na Educação, buscamos a inclusão e a socialização dos alunos com este diagnóstico, além de oferecer apoio especial para àqueles com maior dificuldade de aprendizagem ou convivência”, afirma.

Os estudantes que estão matriculados na rede pública estadual estão sendo, quando necessário, atendidos por Professor de Apoio Educacional Especializado. O atendimento é organizado para suprir as necessidades de acesso ao currículo do ano em que estão matriculados. O estudante autista também pode ser matriculado na Sala de Recursos Multifuncionais da escola, no contraturno escolar, cujo foco é o de complementar a escolarização, promovendo o desenvolvimento dos processos cognitivos.