Mais de 30 dias depois da inauguração oficial, com direito a palanque político do então governador Beto Richa, a estrutura do novo Cense I (Centro de Socioeducação) ainda não começou a funcionar, apesar da promessa de que o atendimento à socioeducação ocorreria nesse prazo.
O local, com mais de 1,5 mil metros quadrados, está vazio, o que dá mais impressiona o tamanho da obra, do valor R$ 6,5 milhões, mas que pode virar mais um “elefante branco”.
Segundo a Seju (Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos), ainda estão sendo feito ajustes no novo prédio, de rede lógica, de segurança para deslocamento interno dos adolescentes e aditivos de contratos para mudança dos serviços terceirizados da unidade atual para a nova.
Estão sendo providenciados serviços complementares, que não compunham o projeto, como: rede lógica, grades em janelas, grade no espaço de solário.
Conforme a Seju, a aquisição de móveis ainda está em processo de licitação e o prédio, vazio, está aos cuidados das demais unidades de socioeducação de Cascavel, com apoio da PM que tem posto de guarda no Cense 2, ao lado da nova unidade.
Contratação
Na estrutura antiga e deteriorada, trabalham 27 profissionais para lidar com 24 adolescentes. No novo prédio, seriam necessários 67 profissionais para dar conta dos 40 adolescentes, capacidade da estrutura. Porém, segundo a Seju, o pessoal já atuante no Cense I ‘dá conta’ da manutenção do atendimento na nova unidade, com a capacidade que já atua, ou seja, 24 adolescentes e afirmou que há processo de solicitação de ampliação do quadro de agente de segurança socioeducativo. Só não deu prazo da contratação.
Blocos vazios
Enquanto isso, os 11 blocos estão vazios, assim como as celas, tomados pela escuridão e pela grama, que está crescendo e, aos poucos, vai dando lugar ao mato. Problemas como infiltração, segundo funcionários, também apareceram no prédio entregue a pouco mais de 30 dias, e já foram resolvidos pela construtora responsável pela obra, construção em que foram investidos mais de R$ 6,5 milhões.