Política

Reforma no sistema financeiro

Pré-candidato à Presidência da República pelo PRB, o empresário Flavio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, esteve ontem em Cascavel para defender suas propostas de governo. Falando a empresários e lideranças locais na Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), ele destacou a importância de uma quinta reforma, a do sistema financeiro, que segundo ele talvez seja tão importante quanto as outras quatro criadas pelo atual governo.

Para Rocha, que já foi deputado federal por dois mandatos, uma reforma financeira é necessária para encurtar a distância entre a taxa de juros oficial e o que é cobrado pelos bancos. “Temos o patamar mais baixo da Selic (taxa básica de juros) e a Selic não chega à ponta porque se transforma em spread [diferença entre a taxa de juros cobrada ao tomador de um empréstimo e a taxa de juros que remunera o aplicador de recursos] com um telefonema”, criticou.

Para ele, a reforma financeira seria tão importante quanto as outras quatro defendidas pelo atual governo.

Liberdade econômica

O pré-candidato destaca que a liberdade econômica é fundamental para o crescimento do Brasil e, para isso, é preciso menos intervenção do Estado na economia.

Rocha diz que não há esperança de sanear as contas públicas sem as reformas. Sobre a reforma da Previdência, ele ressaltou que também é preciso uma reforma previdenciária no setor público.

O empresário também fez críticas aos extremismos de esquerda e direita que tomaram conta da pré-campanha presidencial ao qual ele chamou de dois icebergs. Ele fez críticas diretas a Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência pelo PSL. “O desapreço pela democracia eu acho que é muito perigoso”, destacou.

Família

Evangélico, Rocha destacou que é preciso resgatar valores e impedir os ataques contra instituições e a família. “A demanda que está no coração do eleitor é um projeto que destrave a economia através das ideias boas, da liberdade econômica, de tornar o Brasil receptivo ao investimento, mas também uma reação indignada contra a inversão de valores que tem acontecido em todas as áreas da vida. Ataque à família, ataque às instituições, ataque à polícia de todos os lados”, observou.

Questionado sobre seu posicionamento em relação ao casamento homoafetivo, Rocha destacou que isso já está na legislação e lembrou que duas pessoas adultas têm a liberdade de fazer o contrato de convivência que quiserem, mas ressaltou:

“Mas eu como liberal não posso admitir que o Estado intervenha em uma instituição privada/igreja ou instituição qualquer para ditar suas normas. Uma instituição pode escolher ser mais ou menos conservadora, tais quais seus ideais”, observou.