Desde que começou o período de distanciamento social em Maringá, no dia 20 de março, a população que não atua em serviços essenciais está sendo orientada constantemente a permanecer em suas casas. A recomendação dos órgãos de saúde protege as pessoas contra a disseminação do novo coronavírus, causador da COVID-19, porém, acaba expondo algumas mulheres ao risco de sofrer violência doméstica.
Em Maringá, segundo a delegada responsável pela Delegacia da Mulher, Luana Lopes, os casos de violência contra a mulher aumentaram cerca de 15% nos últimos 13 dias. “São ameaças, injúrias, difamações, perturbação da tranquilidade, vias de fato (agressões físicas que não deixam vestígios) e lesão corporal (quando a agressão deixa marcas)”, explica a delegada.
De acordo com Luana, conforme portaria da Secretaria de Segurança Pública, o atendimento presencial está se restringindo aos casos definidos como prioridade, como lesão corporal, estupros e tentativas de feminicídios. Para outros casos, as vítimas estão sendo orientadas a preencher um formulário que é enviado por e-mail. “Neste momento esta medida é necessária para garantir a segurança de todos em relação ao novo coronavírus. Por e-mail, a mulher também pode solicitar uma medida protetiva contra o agressor”, explica.
SERVIÇO – Fora do horário de atendimento da Delegacia da Mulher, que vai das 9 horas ao meio-dia e das 14 às 18 horas, as vítimas devem procurar o plantão da 9ª Subdivisão Policial de Maringá (9ª SDP), para registrar Boletim de Ocorrência, ou enviar e-mail para [email protected]. Para tirar dúvidas o telefone é o (44) 3220-2500.