Política

Troca-troca partidário: Sob risco de perder cargo, Roman diz que “já esperava”

Ao trocar de partido, Roman assumiu a presidência do órgão provisório estadual do Patriotas, com mandato previsto de agosto de 2019 a agosto de 2020, conforme registro no próprio TSE.

Troca-troca partidário: Sob risco de perder cargo, Roman diz que “já esperava”

Reportagem: Josimar Bagatoli

Brasília – Uma ação está em andamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a perda de mandato eletivo de deputado federal de Evandro Roman (Patriotas) devido à desfiliação do PSD “sem justa causa”.  O processo foi aberto em nome de Reinhold Stephanes Junior e Edmar de Souza Arruda. O relator é o ministro Luiz Edson Fachin.

Ney Leprevost é o titular da vaga no Congresso, mas se licenciou para assumir a Secretaria de Justiça do Paraná, dando espaço para Roman, que é o primeiro suplente pela Coligação PSD/PSC/PR/PODE.

Porém, como Roman trocou o PSD pelo Patriotas, a vaga seria então do segundo suplente, Reinhold. Como Reinhold também está afastado do cargo porque ocupa cargo no governo de Ratinho Júnior, Arruda assumiria a vaga, por ser o terceiro suplente do partido e o quarto na coligação.

Ao trocar de partido, Roman assumiu a presidência do órgão provisório estadual do Patriotas, com mandato previsto de agosto de 2019 a agosto de 2020, conforme registro no próprio TSE.

A mudança de partido de Roman seria com vistas à candidatura à Prefeitura de Cascavel ano que vem. É que, se ficasse no PSD, teria problemas com o governador Ratinho Junior (PSD), que deve confirmar apoio ao atual prefeito, Leonaldo Paranhos (PSC).

Mais um

E tem mais gente querendo a cadeira de Roman. O suplente Hidekazu Takayama (PSC) também reivindica o cargo dele em outra ação, que acabou unificada por Fachin, que deu prazo de cinco dias para manifestação dos envolvidos.

O deputado cascavelense não manifestou surpresa com as ações: “Isso já era esperado. Se eu estivesse na mesma condição, também entraria [com ação]. São meus amigos todos eles, mas é uma questão jurídica. E no campo jurídico vamos apresentar alegações que consideramos pertinentes. Mesmo sendo pessoas com as quais já tenho um convívio no parlamento, a disputa é apenas jurídica. A decisão cabe ao Poder Judiciário”, explica Evandro Roman.