O apoio em acidentes em rodovias não é a única atribuição do helicóptero do Consamu (Consórcio Samu Oeste). O transporte aeromédico é usado para transporte hospitalar em situação de pacientes em estado grave e em uma distância longa a ser percorrida: queimados, pacientes com necessidade de cirurgia cardíaca, entre outros.
E a agilidade no transporte salva vidas. De acordo com o Consamu, o helicóptero usa 20% do tempo que seria necessário para o transporte via terrestre. “Antes esses atendimentos eram feitos de ambulância, pela Regional de Saúde. Hoje, a via aérea está disponível e ajuda a salvar muitas vidas na região”, explica o diretor-técnico do Consamu, Rodrigo Nicácio.
Desde a implantação, em janeiro de 2014, o helicóptero de Cascavel já fez 1.675 voos, sem óbitos a bordo.
Há redução de mortes por acidentes de trânsito graças ao serviço, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em 25% em todo o Paraná.
Uma das ocorrências em que o serviço aeromédico de Cascavel prestou apoio foi a colisão registrada no fim da tarde de segunda-feira, perto do posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Catanduvas.
Quatro pessoas morreram em um acidente depois que o condutor do veículo perdeu o controle da direção na BR-277 e bateu o carro que dirigia, um Gol, em uma árvore. O motorista foi atendido em estado grave e encaminhado ao Hospital Universitário de Cascavel pelo helicóptero do Consamu. Segundo a assessoria do HU, o homem segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), passou por cirurgia e está sob avaliação médica.
Bases
Há cinco bases do serviço de atendimento aeromédico no Estado: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Juntas, elas cobrem todo o território paranaense. Desde 2014, foram mais de 10 mil atendimentos e nenhum paciente veio a óbito dentro da aeronave. O trabalho é eficiente porque há suporte de uma rede efetiva de saúde, em que a aeronave só decola quando a vaga no hospital está garantida. O Paraná já foi reconhecido como referência neste quesito. O serviço aeromédico também faz transporte de órgãos para transplantes, o que garante a agilidade no tempo de chegada do órgão no hospital.