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Cão-guia: como ter um e como funciona a lei?

Saiba como ter um parceiro indispensável para mobilidade e independência
Saiba como ter um parceiro indispensável para mobilidade e independência

Os cães-guias desempenham um papel crucial na vida de muitas pessoas com deficiências visuais, promovendo maior autonomia e segurança em suas atividades diárias.

Eles são animais treinados para ajudar seus donos a andar por ambientes variados e evitar obstáculos. Esses cães significam muito mais do que simples companheiros; eles são também ferramentas essenciais para a mobilidade e a independência.

Além de “melhor amigo do homem”, os cães de assistência têm a capacidade de aumentar a qualidade de vida de pessoas com deficiência.

Como ter um cão-guia

Para obter um cão-guia, é necessário cumprir várias etapas, em um processo que se inicia com a solicitação junto de uma instituição especializada. Existem organizações dedicadas a treinar esses animais, e elas fornecem o cão-guia por doação, além de apoio contínuo.

A pessoa interessada precisa passar por uma avaliação para saber qual cão-guia é ideal às necessidades e ao estilo de vida. Após a seleção, o treinamento do cão e do proprietário é realizado, focando na construção de uma parceria eficiente e na adaptação mútua.

Alguns requisitos são: ter 18 anos ou mais, possuir uma deficiência visual, residir em território brasileiro, gostar de animais e fazer o curso de mobilidade disponibilizado pelos institutos. Além disso, é extremamente necessário possuir condições financeiras e psicológicas para cuidar do animal.

Cuidados com o cão-guia

Cuidar de um cão-guia é essencial para garantir que ele continue a desempenhar seu papel de forma eficaz e saudável. Além da saúde e do bem-estar geral, eles exigem cuidados específicos e treinamentos diferentes.

Além do uso do equipamento, como o colete identificador e a guia, em bom estado, é preciso levar em consideração o uso de coleiras especiais, como a Seresto,que evitam pulgas e carrapatos. Essa medida ajuda a manter a saúde do guia.

É importante, ainda, manter a saúde dos olhos e dos ouvidos e respeitar a saúde mental do cão, promovendo socialização, lazer e pausas durante o horário de serviço.

Legislação e direitos

No Brasil, a legislação que rege os direitos das pessoas com cão-guia é longa e visa assegurar a acessibilidade e inclusão. Em casos de negativa ou discriminação, é possível recorrer às autoridades competentes para assegurar a aplicação da lei.

A lei de número 11.126, de 2005, estabelece que as pessoas com deficiência visual têm o direito de entrar e ficar em locais públicos e privados de uso coletivo acompanhadas de seus cães-guias, como comércios, transportes e locais de entretenimento.

A lei também estipula que é proibido negar o acesso a esses locais por causa da presença do cão, e os proprietários de estabelecimentos devem permitir a entrada deles e garantir condições adequadas para o seu bem-estar.

Além disso, a legislação prevê que o cão-guia deve ser identificado com um colete ou outra marcação visível que indique sua função. É fundamental que as pessoas estejam informadas sobre as medidas legais.

Créditos: Divulgação/iStock/ fotografixx