Brasília – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a prefeitos, em reunião nessa quinta-feira (14), que a vacinação contra a covid-19 começa dia 20 de janeiro em todo o País, se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar o uso emergencial de imunizantes. A decisão deve ocorrer neste domingo (17).
O ministro voltou a dizer que 8 milhões de doses de vacinas devem estar disponíveis em janeiro, sendo 2 milhões da Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz, e 6 milhões da Coronavac, desenvolvida pela Sinovac e o Instituto Butantan.
Pazuello disse ainda aos prefeitos que as doses da vacina de Oxford, produzida pelo laboratório indiano Serum Institute, serão trazidas por um avião cargueiro que decola com destino ao país hoje (leia mais na página 12). O carregamento deve chegar aos estados na segunda (18).
No oeste
Prefeitos das maiores cidades do Paraná se manifestaram ontem garantindo que a estrutura para o início da vacinação está pronta.
O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e a secretária de Saúde, Rosa Jeronymo, participaram do encontro virtual com o ministro Pazuello. Segundo eles, a Secretaria Municipal de Saúde já está preparada para iniciar a vacinação contra o novo coronavírus.
A rede municipal de saúde faz o levantamento dos grupos prioritários que receberão as primeiras doses. Na terça-feira (19), está prevista a divulgação do cronograma de distribuição de vacinas por Estado – o Paraná deve receber 5% dos imunizantes.
Conforme anunciado pelo Ministério de Saúde, neste primeiro momento serão vacinados os profissionais de saúde que fazem parte da linha frente de enfrentamento ao coronavírus, idosos em situação de asilo e indígenas.
A secretária explica que o Município está fazendo o levantamento quantitativo dos profissionais que receberão as vacinas, que deverão ser aplicadas nos hospitais e nas unidades em que atuam.
Foz do Iguaçu possui estoque de seringas e agulhas e repassou ao governo do Estado a relação dos demais insumos necessários para garantir a vacinação da população.
Ainda segundo a secretária, todas as unidades de saúde já estão prontas para a próxima etapa da imunização, que deve abranger idosos acima de 75 anos. “A imunização representa segurança para a retomada das atividades que estão paralisadas. Mesmo assim, para garantir que vençamos essa pandemia, precisaremos manter as medidas de higienização, uso de máscaras e evitar aglomeração”, avalia a secretária.
Cautela
Em Cascavel, a notícia também foi comemorada pela Secretaria de Saúde. No entanto, o momento pede cautela, pois o imunizante será aplicado em grupos predeterminados pelo próprio Ministério, alerta o secretário Thiago Stefanello.
“Neste primeiro momento, não teremos vacina para toda a população. O Plano Nacional de Imunização prevê grupos a serem vacinados, sendo primeiramente os trabalhadores da área da saúde, os idosos com mais de 75 anos, além das pessoas com mais de 65 anos que estão nos Abrigos de Longa Permanência”, enfatizou.
De acordo com o Ministério da Saúde, os grupos prioritários somam 29 milhões de pessoas e a previsão é de que 8 milhões de doses da vacina contra covid-19, dos Laboratórios Sinovac e Astrazeneca, sejam distribuídas em todo o Brasil. Esses imunizantes demandam duas doses por pessoa.
A Secretaria de Saúde de Cascavel aguarda o número de doses que chegarão ao Município para que haja a imunização.
“Desde ontem (13) estamos trabalhando com a estrutura do local de vacinação exclusiva contra a covid-19, que será no Centro de Eventos. A vacinação ocorrerá in loco e também no sistema Drive-Thru”, explicou Thiago.
Segundo ele, na segunda a estrutura estará finalizada para o novo trabalho de imunização, com vistoria do prefeito Leonaldo Paranhos. Há de se aguardar os frascos com os imunizantes para a aplicação no público prioritário já mencionado. “É importante ressaltar que as pessoas não deverão procurar os locais sem as devidas orientações dos grupos de risco. Estaremos fazendo isso ao longo da semana, pois as vacinas serão destinadas exclusivamente para determinados grupos, conforme orientação do Ministério da Saúde, seguindo à risco o Plano Nacional de Imunização”, finalizou o secretário.