O mês de dezembro chegou e, com ele, uma importante campanha da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) sobre a prevenção ao câncer de pele, o Dezembro Laranja. Em 2019, o tema da campanha é #SinaisDoCâncerDePele e tem como iniciativa alertar a população sobre os sinais do câncer de pele para diagnóstico e tratamento precoces, aumentando as chances de cura.
De acordo com a dermatologista da Neoderme e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Giseli de Mattos Diosti Stein, a consulta com o dermatologista deve ser feita pelo menos uma vez por ano e é fundamental para que avalie a saúde da pele e verifique possíveis sinais, como pintas e manchas.
“Segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), todos os anos surgem 180 mil casos de câncer da pele, o de maior incidência no País. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre os riscos da doença para que esses números diminuam com o passar dos anos. Nunca é demais lembrar os prejuízos que o excesso de sol pode causar, entre eles o câncer de pele”, lembrou a especialista.
Há poucos dias o tema “câncer de pele” ganhou destaque no meio esportivo quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Vasco, foi diagnosticado com câncer de pele após uma biópsia de três pintas do nariz. Ele foi submetido a uma cirurgia de raspagem no nariz, com um pequeno tumor retirado.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostram que 1 a cada 4 novos casos de câncer no Brasil são de câncer de pele. São registrados, aproximadamente, 4 mil óbitos por câncer de pele a cada ano.
Mutirão de consultas
No dia 7 de dezembro, das 9h às 15h, em todo o País, médicos dermatologistas e voluntários prestarão atendimento gratuito para diagnóstico de câncer de pele.
Em Curitiba, haverá atendimento no Serviço do Hospital de Clínicas – Ambulatório de Dermatologia, anexo B, Prédio Central, Endereço: Rua General Carneiro, 181.
As cidades de Apucarana, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranavaí e Toledo também participam do mutirão.
Em 2018, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia – regional Paraná, dos 2.188 atendimentos feitos durante a campanha de prevenção no estado, 160 foram de carcinoma basocelular (CBC), 62 de carcinoma espinocelular (CEC) e 22 de melanoma (MM). Outros tumores malignos, 12.
O mutirão de consultas é realizado desde 1999 e já beneficiou mais de 60 mil pessoas em todo o Brasil. A ação do ano passado resultou em 26.161 atendimentos em todo o País, sendo 3.852 casos de câncer de pele identificados, entre carcinoma basocelular – CBC (2.765); carcinoma espinocelular – CEC (724) e melanoma – MM (363).
Tipos de câncer de pele
Há vários tipos de câncer de pele, entre eles os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. No entanto, o melanoma, que costuma ser o mais raro, é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
“O melanoma é o tipo menos frequente, porém tem alta taxa de mortalidade. Em geral, ele tem a aparência de uma pinta, mas pode mudar de cor, tamanho e formato, e em alguns casos causar sangramento. Por isso, é importante sempre fazer o autoexame da pele, ou seja, observá-la constantemente, verificar se há alguma pinta ou sinal diferente. E se algo de diferente for notado, o ideal é procurar imediatamente um dermatologista. Com diagnóstico precoce, as chances de cura são altas”, orientou a dermato Giseli de Mattos Diosti Stein.
Dicas para evitar o câncer de pele
Use protetor solar
O filtro solar deve ser usado durante todo o ano, independente da estação. “Agora no verão, seu uso é item mais que do obrigatório. Recomendamos protetores com FPS mínimo de 30, até mesmo em dias nublados. Além do rosto, é importante aplicar o filtro no pescoço, braços e pernas, que são áreas que também ficam expostas ao sol”, explicou a dermatologista Giseli de Mattos Diosti Stein.
Evite os horários críticos
Evite a exposição entre as 10h e as 16h, pois são os horários de maior intensidade de radiação que provoca o câncer.
Reaplique o protetor
Não basta passar o protetor apenas pela manhã. De acordo com especialista, ele deve ser reaplicado a cada duas horas, em média. “Além da reaplicação, devemos aplicá-lo 30 minutos antes da exposição ao sol, para que a pele o absorva”, recomenda a dermatologista.
Filtro resistente à água
Outra dica é observar a qualidade do protetor solar: “Quando entramos no mar ou na piscina com um filtro que não é resistente à água, ao sairmos já estamos desprotegidos. Por isso, fique atento à qualidade do filtro”, acrescenta.
Maior FPS, maior proteção
Quanto maior o FPS, maior a proteção contra a radiação UVB (que causa o câncer e queimaduras) e maior a proteção contra a radiação UVA (que causa manchas e o envelhecimento). “Hoje é obrigatório que os filtros solares contenham substâncias que combatam as duas radiações”, lembrou a especialista.
Todos os tipos de pele
Pessoas de pele morena ou negra, apesar de terem uma resistência um pouco maior contra os raios solares, também precisam se proteger. “Elas têm uma proteção muito pequena pelo tom de pele – algo em torno de FPS 10 -, mas mesmo assim precisam se proteger do sol, pois também são suscetíveis a câncer de pele e problemas com manchas”, explica a dermato.
Utilize acessórios para proteção
Chapéus de abas largas, bonés, óculos escuros e roupas especiais são acessórios que ajudam na proteção individual.
Observe pintas e manchas
Lesões cancerosas podem se assemelhar a pintas, manchas ou machucados. Por isso, a recomendação é que o paciente procure um dermatologista caso observe algumas pintas, manchas que coçam, ardem ou sangram, ou até mesmo pintas que mudam de tamanho, forma e cor.
Campanha SBD – Dezembro Laranja
Desde 2014, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) promove o Dezembro Laranja. A ação faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, com ações para informar a população sobre as principais formas de prevenção. Em 2019, o foco são os principais sinais do câncer de pele para diagnóstico e tratamento precoces – #SinaisDoCâncerDePele.