Política

Guaidó quer apoio de Bolsonaro para entrada de ajuda humanitária

Caracas – O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se declarou presidente encarregado do país no último dia 23, disse que espera o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a entrada de ajuda humanitária na Venezuela. As informações são da Folha de S.Paulo.

"Esperamos que, nos próximos dias, nos ajudem a fazer entrar por nossa fronteira tudo o que possa vir como ajuda humanitária", disse Guaidó, referindo-se a Bolsonaro e ao presidente da Colômbia, Iván Duque.

Sobre a já contestada proposta de lei de anistia aos militares que deram suporte ao regime de Nicolás Maduro, Guaidó voltou a afirmar que não haverá impunidade e que o texto passará por uma consulta popular.

Guaidó se declarou presidente encarregado dias depois de Maduro tomar posse em um segundo mandato, que vai até 2025, após denúncias de fraude nas eleições presidenciais de maio passado.

O jovem opositor de 35 anos, presidente da Assembleia Nacional, foi reconhecido como autoridade máxima do país por Brasil, EUA, Colômbia e outros países da região.

Ele afirma que pretende apenas chefiar um processo de transição e que não vai se candidatar a presidente. "Não quero que me vejam como libertador, e sim como um servidor."

Mourão diz sim

O vice-presidente brasileiro general Hamilton Mourão afirmou nessa quarta-feira (30) que o Brasil pode atender ao apelo de ajuda humanitária feito pelo líder opositor venezuelano Juan Guaidó. "A gente pode fornecer médico, podemos fornecer medicamentos, podemos fornecer alimentos, principalmente. Até por meio de doações".

Segundo ele, "na região de Brumadinho (MG) pediram para suspender os donativos por causa da generosidade do nosso povo", em alusão a doações a vítimas do rompimento de barragem da Vale na região, que deixou ao menos 84 pessoas mortas e 276 desaparecidas.

O general disse que, por ora, não há uma operação de ajuda humanitária em curso e que está “aguardando a definição do que está sendo pedido. É uma decisão do presidente [Jair Bolsonaro] depois”.