O ex-governador do Paraná Beto Richa foi preso mais uma vez nesta terça-feira (19), agora sob suspeita de obstrução de Justiça. O tucano foi capturado na fase 4 da Operação Quadro Negro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.
Esta é a terceira vez que Beto Richa é preso no prazo de um ano. O ex-governador havia sido capturado na Operação Radiopatrulha, também do Gaeco, e ainda pela Operação Integração, desdobramento da Lava Jato na Justiça Federal.
A Quadro Negro investiga desvios de R$ 22 milhões por meio de aditivos contratuais sobre a construção de escolas estaduais. O inquérito mira ainda os crimes de corrupção, organização criminosa.
Além do ex-governador, também foram presos Ezequias Moreira, que foi secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores no governo do Paraná, durante a gestão do tucano; e Jorge Atherino, empresário ligado a Richa.
Salvo conduto
Na última sexta-feira (15) o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um salvo-conduto a Beto Richa, sua mulher Fernanda Richa e seu filho André no âmbito de uma decisão que soltou o contador Dirceu Pupo Ferreira, preso pela Lava Jato. Esta medida, no entanto, não alcança outras investigações, como a Operação Quadro Negro.