
Curitiba e Paraná - A deputada estadual Maria Victoria (PP) comemorou a decisão do Ministério da Saúde que garante tratamento integral para a dermatite atópica no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi oficializada por portarias publicadas na terça-feira (27) e inclui novos medicamentos no protocolo da rede pública: as pomadas tacrolimo (0,03% e 0,1%), furoato de mometasona (0,1%) e o imunossupressor oral metotrexato.
Autora da lei 19.426/2018, que criou no Paraná a Política Estadual para Diagnóstico Precoce e Tratamento da Dermatite Atópica, Maria Victoria reforçou o pioneirismo do estado ao reconhecer a importância do enfrentamento da doença com políticas públicas específicas.
“A dermatite atópica compromete seriamente a qualidade de vida de crianças e adultos. O tratamento integral na rede pública vai beneficiar milhares de pessoas. É um grande avanço que merece ser comemorado”, afirmou.
Em setembro de 2023, a deputada promoveu uma audiência pública reunindo médicos, especialistas e representantes do Ministério da Saúde para debater o diagnóstico precoce e o acesso aos tratamentos pelo SUS.
“Estudos indicam que cerca de 30% da população é afetada pela dermatite atópica. É uma condição comum, mas cercada de desinformação e preconceito. A ampliação do acesso é essencial, pois muitas famílias não têm condições de arcar com os custos dos medicamentos”, destacou.
Maria Victoria também é autora da lei 453/2023, que instituiu o Dia de Conscientização sobre a Dermatite Atópica, celebrado em 23 de setembro.
Doença e novos tratamentos no SUS
A dermatite atópica é uma doença crônica, genética e não contagiosa, caracterizada por coceira intensa e ressecamento da pele. Afeta principalmente áreas como cotovelos, joelhos, pescoço e, em crianças pequenas, o rosto. Os sintomas variam de intensidade e podem prejudicar o bem-estar físico e emocional dos pacientes.
Com os novos medicamentos, o SUS passa a oferecer cuidado integral desde os estágios iniciais até os casos mais graves. O tacrolimo é indicado para áreas sensíveis e fortalece a barreira cutânea. O furoato de mometasona promove regeneração e alívio rápido. Já o metotrexato é recomendado para quadros graves, especialmente quando a ciclosporina não pode ser utilizada.
Como ter acesso
De acordo com o Ministério da Saúde, os pacientes devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Se necessário, serão encaminhados a especialistas e terão acesso aos medicamentos conforme critérios clínicos definidos pelo protocolo do SUS.